quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Duas vidas que cursaram juntas uma parte de suas histórias...

É isso que nós somos hoje.


Cursamos juntos parte das nossas histórias, agora cada um está indo para um lado...
A faculdade acabou, os encontros serão quase impossíveis...
Tudo que fica são as lembranças.
E podem ter certeza que isso ninguém apaga nunca.

Esse texto da Tati Bernardi fala sobre esses "encontros" e "desencontros":

"Em algum momento, em vários deles ou definitivamente, as pessoas sempre vão embora. Talvez essa seja a pior coisa do mundo.
Ele vai embora, sempre (...). Odeio a sua ansiedade curiosa pelo que vem depois. Que se dane o depois, eu sou agora, ou pelo menos era.

Ele vai embora, sempre, quando o parágrafo passa de três linhas, o pensamento dele ultrapassa meus olhos, o som se perde da minha boca para qualquer outro canto do mundo que não tenha seus ouvidos e ele olha fixamente para qualquer outra coisa que não seja a minha existência. Sempre a mesma cara de tédio e de busca pelo resto que não se repete ou não se prolonga. Ele sempre vai embora quando eu queria que ele se perdesse um pouco, rasgasse a agenda, lançasse o celular no rio, desligasse todos os toques, luzes e sinais de que há todo o resto. Esquecesse do sono, do livro (...). Ele sempre vai embora do meu mundo (...).

Ele sempre vai embora antes da gente ser alguma coisa juntos. Vivo com essa sensação de abandono, de falta, de pouco, de metade. Mas nada disso é novidade. (...) Eu não sei deixar ninguém partir, eu não sei escolher, excluir, deletar. São as pessoas que resolvem me deixar, melhor assim, adoro não ser responsável por absolutamente nada, odeio o peso que uma despedida eterna causa em mim. Nada é eterno, não quero brincar de Deus.

(...) Foi embora a segunda porque ficou tarde, foi embora a terceira porque teve medo de ficar pra sempre, (...) Foi embora pra sempre, mas pra sempre pode durar duas horas, (dois dias/dois meses) dois anos ou duas encarnações. (...)

(...) Sempre ia embora na espera de que existisse algo melhor do que eu, mas não ia definitivamente porque não é todo dia que aparece alguém melhor do que eu. (...) Mas a última vez que ele foi embora, antes me deu um abraço de quem nunca saiu do mesmo lugar. O abraço e o seu olhar de quem nunca sabe direito porque vai embora ficaram pra sempre comigo.
(...)

Todo mundo chega na sua vida. Em algum momento, em vários deles ou definitivamente, as pessoas sempre chegam. Talvez essa seja a melhor coisa do mundo. Como naquele texto que não lembro, daquela pessoa que não lembro (...). No final a gente acaba mesmo numa esquina qualquer, lembrando de alguém que um dia chegou e depois foi embora..."

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Natal


2010 passou voando... O Natal está aí...
Gosto dessa Magia do Natal... Das luzes, do "acreditar no impossível" (da esperança que surge com força nesse dia), da reunião com toda família...
Só o Natal e os velórios conseguem reunir todos... E é muito melhor estar reunido com alegria.

Já passei da fase de escrever cartas para o Papei Noel... Mas vai aqui uma listinha de coisas que eu gostaria para 2011.

- Mais pessoas felizes;
- Mais sonhos realizados;
- Mais saúde;
- Mais finais felizes;
- Mais paz e mais amor.
(para todos!)

"Se Deus quiser, no próximo Natal estaremos todos juntos outra vez, felizes e amigos." (Caio Fernando Abreu)

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O recado de feliz natal que minha mãe me enviou: "(...) que Papai Noel leve pra você aquilo que você mais deseja..." (ela sabe o que eu quero).

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Palavras de outros, minha história.



"Preciso começar a ser completa em tudo o que faço, preciso parar de achar
defeito em todos os caras que olham para mim só porque ele não é você. (...)
É que sempre que penso em ser feliz, você me vem à cabeça.”


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“Amor que a gente não resolve direito vira fantasma, nem vivo, nem morto, não fica nem vai, assombra a gente pelo resto da vida!”

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“É difícil esperar por algo que sabes que talvez nunca aconteça. Mas é ainda mais difícil desistir de uma coisa quando isso é justamente tudo o que queres.”

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"Penso às vezes que quando estiver pronto, um dia qualquer, um dia igual a hoje, vou encontrar você claro e calmo sentado no Bar, à minha espera." (Caio Fernando Abreu)

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"E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é difícil porque o sentimento fica. (...)
E que no momento certo se reencontrem e que nada, nada seja por acaso." (Tati Bernardi)

sábado, 27 de novembro de 2010

Perdas e danos.

Ela olhava pensativa para fora, durante boa parte da viagem o único barulho que se ouvia era o do motor do ônibus... Então alguém quebra o silêncio.
- Você ainda gosta dele...
- Por que você está falando isso? (parou de olhar pela janela por um instante e olhou para o amigo)
- Você precisa ver sua cara olhando para fora do ônibus... Aí você entenderia.
- Hum... É que a Lua está tão linda hoje.
(silêncio)
- Você é tão frágil.
- Eu?
- É... Fica triste fácil. Seu sorriso não é mais o mesmo e a sua felicidade é triste. Precisa de um namorado. Você precisa de alguém, alguém que te faça esquecer...
- As pessoas podem ser felizes solteiras.
- Mas é diferente.... Quando se tem alguém, tudo melhora. Veja você, compare o jeito que você chegava aqui quando o encontrava e o jeito que você chega hoje. Todos percebem... Você sente falta dele.
- Eu já entendi que acabou e...
- A razão diz que acabou mas o seu coração ainda quer.
(silêncio longo)
- Você costuma seguir a razão ou o coração?
- A razão. E você?
- Já segui os dois...
- E "quebrou a cara".
- Nem o coração nem a razão resolveram nada.
- Mas o que te faz sentir melhor?
- O coração. A razão acaba com a graça da vida.
- Eu só consigo seguir a razão... Acho que sou medroso. Tenho medo de seguir o coração e me decepcionar.
- E não tem medo de seguir a razão e de deixar o coração sufocado e dolorido para sempre?
- Melhor dolorido que quebrado.
- Faz sentido....

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♫ En esta noche de estrellas inmóviles, tu corazón es alérgico a mi... (...) Voy caminando en tormentas electricas, buscando algún territorio neutral, donde no escuche de ti, donde aprenda a olvidar. A no morir y a no vivir tan fuera de lugar. Ya no curare tu soledad cuando duerma la ciudad, no estaré para oír tus historias tontas No por que tienes miedo de sentir, porque eres alérgico a soñar Y perdimos color... Por que eres alérgico al amor...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Um Novembro não tão doce.


E pela primeira vez (desde o dia 19 de maio de 2008), vou passar o mês de Novembro inteiro sem vê-lo... Logo Novembro? Se fosse Agosto eu até entenderia... Mas Novembro... Novembro sempre foi tão doce... Já passei 1 mês e 14 dias sem vê-lo mas nunca houve um mês no qual eu não o encontrasse ao menos uma vez.

Os Novembros não são mais os mesmos. Doces Novembros, agora não tão doce.

Eu até tinha como "salvar" o meu Novembro... Era só ter ido em busca do que me faz feliz. Mas eu também podia acabar mudando de um Novembro não tão doce para um Novembro Amargo. Preferi ficar quieta, deixar tudo como está... Mesmo sabendo que aquela era "a última chance"...
Férias chegando, não se pode voltar atrás... Na verdade, talvez ainda exista outra chance (dia 30), mas aí já não se tem certeza. Joguei para o alto todas as tentativas desses quase 3 anos e não fui. Não fui, e era o último dia que eu tinha certeza de onde encontrar.
Foi difícil não ir, deixar tudo acabar assim, mas talvez seja a hora.

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"Quando algo que você goste acabar, ou simplesmente ir embora, lembre-se que as folhas do outono não caem porque querem e sim porque é chegada a hora".

"Não, não ofereço perigo algum: sou quieta como folha de outono esquecida entre as páginas de um livro." (Caio Fernando Abreu)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Dizem que o tempo é o melhor remédio...


Eu realmente espero que seja... Mas enquanto o tempo não passa, esses trechos do Caio Fernando Abreu falam por mim:

"Gosto quando a cabeça para o maior tempo possível, caso contrário enche-se de temores, suspeitas, desejos, memórias e todas essas inutilidades..."

"Mais do que querer você de volta, eu ME quero de volta, quero a felicidade nos meus olhos mirados em você. Eu quero a gente, eu quero tudo de novo, eu quero as coisas antigas, as primeiras, TODAS ! Me devolve seu sorriso ? Parece que eu não te faço mais sorrir, assim eu desespero mesmo."

domingo, 7 de novembro de 2010

"Não adianta, no momento que as pessoas se afastam, elas estão irremediavelmente perdidas uma da outra."


Sempre que nos afastamos, os sonhos aumentam. Como eu já disse, talvez seja uma maneira de ter por perto, mesmo longe.
Mas o sonho de ontem foi diferente...
Antes de dormir, li uns trechos de Caio Fernando Abreu, e o último que li foi:
"Que te dizer? Que te amo, que te esperarei um dia numa rodoviária, num aeroporto, que te acredito, que consegues mexer dentro de mim? É tão pouco.”
E sonhei com isso...
Sonho: Passei a noite inteira em um aeroporto esperando... Fiquei sabendo que ele ia chegar de viagem e corri para o aeroporto para esperá-lo. Esperei, esperei... Passei a noite toda no aeroporto (e acho que esse sonho ocupou a noite inteira de verdade... foi longo e só lembro de ter sonhado com isso), era tão real. Procurei informações sobre os horários dos vôos, fiquei na fila um tempão pra conseguir alguma informação... Todo avião que chegava eu tinha esperança de que ele fosse descer, e nada. Quando cheguei ao aeroporto era dia... Quando saí de lá já era noite. E nada. Ele não chegou. Nem em sonhos ele chegou...
O sonho era tão real que eu sentia. Lembro de como desci as escadas, sentindo que foi tudo uma perda de tempo. Sentindo uma tristeza tão sem remédio... E aí era dia e eu acordei. Foi bom ter acordado assim que a ficha caiu, porque mesmo em sonhos, aquilo estava machucando como se fosse real. Acordei antes de chorar no sonho... mas eu ia.
Em todos os outros sonhos eu sempre consegui o que eu queria no final... Eu procurava e parecia que não ia encontrar, mas no fim eu sempre encontrava. Agora não.
E percebi que: Se não fosse o Orkut, eu não teria mais notícia nenhuma.

“Deitar a cabeça nos braços, apoiar os braços na janela aberta, vento entrando, remexendo nos cabelos, no rosto, jeito de lágrima querendo rolar.” (Caio Fernando Abreu)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Chuva


No ônibus...
Madrugada, chuva forte, relampagos tão fortes que mesmo quem fechou as cortinas e não estava olhando a paisagem podia ver a claridade que entrava pelos vidros das janelas vizinhas.
Não tinha ninguém sentado na poltrona ao lado da minha, e eu desejei que ele estivesse ali... Mas sabia que isso não era possível.
Fazia um friozinho, todos dormiam... Coloquei os pés em cima da poltrona e continuei olhando a paisagem e lembrando de coisas bobas que aconteceram durante esses quase 3 anos... Lembrei também de quantas vezes ouvi "não posso", "vou ver"... Lembrei da cena de terça... A ficha caiu aquele dia. Eu nunca vou ser suficiente para ele. O amor que eu sinto só atrapalha porque ele tem medo. Medo de me dar esperanças, medo de que esse amor cresça. E então ele foge. É sempre assim... Quando tudo começa a "se acertar" ele se afasta.
Tudo que eu queria era ele por perto de vez em quando. Não precisava ser sempre. Mas acontece que, eu nunca sei se vai se repetir.
Acabei adormecendo e acordei quando o ônibus parou em um estacionamento de um posto no meio da BR. O lugar era mal iluminado, várias carretas e caminhões parados. A pouca luz entrava pela janela, e era possível ver as gotas de chuva escorrendo pela janela. Tinha uma poça de água que entregava o quão forte a chuva estava. Olhei para os lados e todos dormiam... Lá fora tudo parado... Até que apareceram dois homens empurrando uma caixa d'água e colocando-a em cima de um caminhão. É aí que você percebe que o mundo não para de madrugada, nem com chuva e raios. Os homens sairam e continuei a observar a poça e a àgua escorrendo pelo vidro.
A luz escondia um pouco o clarão dos relâmpagos... Na BR sem luz nenhuma, eles pareciam bem mais fortes. Continuamos a viagem.... Enquanto eu via a chuva, a paisagem, os relâmpagos, o rio... eu pensava nele. E a cena de terça ficava passando e repassando em minha mente. E eu sabia que eu tinha que parar de insistir em uma causa perdida. "Game Over". E isso dói. "Dói controlar o pensamento, dói abafar o sentimento, além de ser doloroso parece pobre, triste e sem sentido".
Tenho que deixar o passado no passado. Acontece que "ainda não passou". E eu sei que nunca vou sentir isso de novo. Fico me perguntando o que fazer... Será que eu consigo controlar? Tenho que conseguir. Além de todo esse cenário que já traz lembranças, saudades e dor, a viagem tinha até trilha sonora: 'Pra você guardei o amor', 'N' (Nando Reia), Por enquanto (Cássia Eller), Avassaladoras (Paulo Ricardo), Não faça assim (Kid Abelha), Ilusion (Julieta Venegas e Marisa Monte), Stop Crying Your heart out (Oasis), Porque eu sei que é amor (Titãs), Segredos (Frejat), Incondicionalmente, Nunca disse Adeus (Capital Inicial), Sozinho (Caetano Veloso)...

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"Não me arrependo de nada. Mas vezenquando passa pela cabeça um "ah, podia ter sido diferente!"" (Caio Fernando Abreu)

"(...)repetindo, repetindo, repetindo, como num disco riscado ... o velho texto batido."


"E você diz que tudo terminou, mas qualquer um pode ver... que só terminou pra você." (Renato Russo)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

"Essa morte constante das coisas é o que mais dói..."


Quando a saudade aperta demais, você começa a sonhar com a pessoa todas as noites... Talvez uma maneira de tê-la por perto, mas isso só aumenta a vontade de transformar o sonho em realidade, de esquecer tudo e tentar mais uma vez. Mesmo sabendo que pode não dar certo. Aprendi que, quem fica parado não perde mas também não ganha. E por isso me arrisco.

Apostei todas as minhas fichas em um único amor. Já gostei de outras pessoas... Mas amar, amar mesmo, só uma vez.
E não consigo me interessar por mais nada, nem por ninguém...
Minha amiga vive me ofertando o irmão: "Esqueça esse "UREIA" que não te quer e vire minha cunhada (ou, só fique com meu irmão). Ele cozinha, lava a louça, é bonitão, já começou a te ensinar a tocar violão, vai te dar atenção (diferente do "ureia") e ainda ESTÁ AFIM. Aproveite!"

Nessas horas eu tenho ainda mais certeza: "Amor é falta de QI".

Eu simplesmente não consigo! Não consigo me envolver com ninguém... Pode aparecer a pessoas mais perfeita (como parece ser o irmão da minha amiga), eu vou continuar preferindo o "imperfeito". Isso não era um problema, já que, ele apesar de não mostrar interesse, satisfazia alguns dos meus caprichos e ficou comigo 9 vezes.

Acontece que, nessa última vez, a ficha caiu.
Percebi que sou eu quem procura sempre, quem sente falta... (Tá, ele me beija primeiro quando a gente se encontra, mas nunca faz por onde a gente se encontrar). E só fica porque sabe o quanto eu quero.

Ficamos antes da aula (rapidinho... uns 20 minutos), depois ele teve que ir pra sala... Sentei em uma das mesas do mini-shopping com um amigo de mesmo nome que o dele, e justamente daquela mesa eu podia ver o coredor do bloco B... E pude vê-lo passar pelo corredor, subir as escadas (através dos vidros) e andar até a porta da sala para espiar quem estava lá. Nessa hora me senti de volta a lanchonete do campus I... De volta ao "observar de longe"... Eu o observava sempre (até ele mudar de campus). Era como se tivesse um ímã... que puxava minha atenção. Eu até cheguei a sorrir lembrando...

Na saída, nos falamos... E ele disse que ia pra academia... Consegui um beijinho... E aí ele parou dizendo que já ia... Eu tentando mantê-lo mais tempo ali dei outro beijo e não ia parar mais... (hehe) Mas ele falou "Tá bom" entre o beijo... Parei. Fiquei calada olhando para baixo. Minha ficha estava caindo. Ia ser pra sempre assim. Eu sempre com sede de mais, e ele sempre "fugindo" sem suprir. (Da última vez ele parecia tãão afim...) Ele é muito inconstante, um dia parece gostar de estar ali... Outro, parece que está me fazendo um favor. Peguei minha bolsa, dei tchau e saí. Saí sem olhar para trás, tive medo de olhar pra trás e deixar um pedaço meu lá, medo de olhar e querer voltar... Ou, de nunca esquecer a cena...

Eu não quero isso pra mim. Preciso parar. E mesmo que eu quisesse continuar nesse "chove não molha", ele ia ficar inventando desculpas por no mínimo um mês ("hoje não dá", "vou ver", "não posso"...), até "estar afim", ou ir só para me satisfazer.
E até quando isso vai durar? Um dia ou dois felizes, e um mês sentindo saudades e esperando...

Eu preciso de mais amor-próprio.

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"Todo o amor que eu sufoquei por excesso de razão agora grita, escapa, transborda. Estou só numa multidão de amores, assim como Dylan Thomas, assim como Maysa, assim como milhões de pessoas; assim como a multidão de amores está só, em si. Demonstro minha fragilidade, meu desamparo. Eu não procuro alguém pra pentencer e ter posse, só quero uma fonte segura de amor que não dependa das obrigações, das falas decoradas, dos scripts prontos. Eu sei que eu abri mão de várias oportunidades. Sei que fiz pouco caso do amor que me entregaram de maneira pura e gratuita, só porque eu achava que podia encontrar coisa melhor. Se as pessoas estão sempre indo e vindo, eu só queria alguém minimamente eterno em sua duração, que me fizesse parar de achar normal essa história de perder as pessoas pela vida.
Vou embora querendo alguém que me diga pra ficar. Estou sempre de partida, malas feitas, portas trancadas, chave em punho. No fundo eu quero dizer "Me impede de ir. Fica parado na minha frente e fala que eu tenho lugar por aqui, que não preciso abandonar tudo cada vez que a solidão me derruba. Me ajuda a levar a vida menos a sério, porque é só vida, afinal." E acabo calada, porque não faz sentido dizer tudo isso sem ter pra quem." (Verônica Heiss)

"Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros. Esse coração que erra, briga, se expõe. Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões." (Clarice Lispector)

"Aperta minha mão e me diz que eu posso deixar tudo isso pra trás sem tanta dor." (Tati Bernardi)

"Ainda insisto em desentortar os caminhos. Em construir castelos sem pensar nos ventos. Em buscar verdades enquanto elas tentam fugir de mim."
"E lá vou eu, nas minhas tentativas, às vezes meio cegas, às vezes meio burras, tentar acertar os passos." (Caio Fernando Abreu)

quarta-feira, 20 de outubro de 2010


Quantas vezes eu disse que não faria mais isso... Que eu não podia me contentar com o que eu tinha. Que eu não podia viver em busca de um amor impossível... Que eu tinha que viver e parar de “correr atrás”. Mas eu queria acreditar que o amor podia vencer tudo... Que eu podia vencer os obstáculos e chegar ao coração dele. A vida ficava melhor quando eu acreditava. Quando eu desistia, ficava infeliz. Quando eu me afastava, sentia uma falta absurda. Não conseguia me afastar por muito tempo, e pensava que talvez me afastando eu estivesse jogando fora a chance. Por outro lado, me afastar podia ser o melhor... Eu tinha medo de desistir e depois olhar para trás e pensar: “Talvez se eu tivesse tentado mais...” Então decidi que ia tentar o quanto eu pudesse.
É difícil lutar quando a pessoa não abre uma brechinha, e você precisa meio que implorar por atenção... Eu já tinha esquecido o que era orgulho há muito tempo... Resolvi seguir a linha “tá na lama, comece a brincar”. E mais uma vez deixei claro o quanto eu precisa vê-lo... Deixei o orgulho de lado e arrisquei mais uma vez... Ouvi um “não posso”... Mas eu queria. Eu precisava, e eu ia vê-lo nem que eu tivesse que “caçá-lo” em cada canto da cidade. Não precisei porque ele acabou cedendo. Resolveu gastar uns minutos do seu tempo comigo...
E lá estava eu, mais uma vez, indo ao encontro dele. Sentada olhando a paisagem passar e me perguntando: Por que tudo é tão difícil? Por que ao menos uma vez na vida ele não facilita as coisas para mim? Por que quando a gente se encontra é tão bom, ele é tão legal, e fofo e carinhoso... Mas quando estamos longe é tão frio e meio que me ignora? Por que eu não consigo esquecê-lo? Eu sei que ele não gosta de mim, mas admitiu que tinha sido o melhor beijo que ele já deu... Se foi o melhor, por que não tenta repetir? Toda vez que a gente se encontra, acontece. Mas ele não tenta me encontrar, sempre sou eu quem sente saudades e faz loucuras para vê-lo.
Sou eu quem sai de uma cidade para outra, quem visita o campus II para encontrá-lo “por acaso”, quem espera ansiosa para vê-lo, quem fica triste quando combinamos algo e ele cancela.
Não me arrependo de nada. Digamos até, que ele fez da minha vida mais divertida, que graças a ele, tenho histórias para contar... Dizem que primeiro amor a gente nunca esquece... E eu sei que mesmo que o tempo passe, que não dê em nada, que a gente mal converse, ou que perca contato, sempre vou lembrar.
Quinta – feira (dia 14/10) foi a última vez que o vi... (depois de 1 mês e 14 dias sem vê-lo), tão bom senti-lo perto, sentir o cheirinho, o abraço... Poder ver aquele sorriso... É algo sem preço. Fecho os olhos e relembro a cena... Ele chegando ao mini-shopping e andando até a mesa que eu estava... A camisa social branca... (bem cara de Arquiteto mesmo). O sorriso dele quando falou comigo... Eu queria isso mais vezes. Mas ele não me chama mais para nada... Se eu quiser, terei que chamar... E com certeza ouviria um “vou ver”/”não posso”, nunca um “vamos” de primeira.
E enquanto isso, os dias passam, a saudade aumenta... Até que eu repita tudo. Ou, até que eu acorde com meu orgulho de volta, decidida a tentar esquecer (já tentei e não consegui), e com os pés no chão. Talvez um dia eu me canse de tentar, de ser dependente, canse das migalhinhas que recebo, e resolva viver. E resolva abrir mão, deixar pra lá.
Mas isso é que é o amor? O “fim” do amor é assim? Você nada para morrer na praia?
Você luta para desistir?
Como saber a hora certa de parar? Porque também não podemos nos fechar para o mundo e ficar presos para sempre a um amor unilateral/impossível... São tantas as perguntas. E o que eu sei é que: Nesse momento, eu quero continuar. Eu quero me jogar... Quero poder olhar para trás e dizer “eu tentei!”. Fiz o possível e até mesmo o impossível... E se mesmo assim, eu não conseguir, paciência. A culpa não terá sido minha.



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"Outubro, por favor, faça tudo dar certo. Ou só menos errado.
Só por um mês, faça tudo dar certo, depois veremos o que vamos fazer em novembro…" (Caio Fernando Abreu)


"Adèle apaixonou-se por um homem. Ele não a queria. Ela o seguiu aos Estados Unidos, ao Caribe, escrevendo cartas jamais respondidas, rastejando por amor. Enlouqueceu mendigando a atenção dele. (...) Adèle morreu no hospício, escrevendo cartas (a ele: "É para você, para você que eu escrevo")..."
"Me veio um fundo desprezo pela minha/nossa dor mediana, pela minha/nossa rejeição amorosa desempenhando papéis tipo sou-forte-seguro-essa-sou-mais-eu. Que imensa miséria o grande amor - depois do não, depois do fim - reduzir-se a duas ou três frases frias ou sarcásticas."
(Caio Fernando Abreu)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Escrevo coisas e um tempo depois quando vou reler acho tudo meio dramático. Acontece que era o que eu sentia naquele momento. E depois que passa, você pode analisar tudo de forma mais serena, e aí você começa a ver o assunto com mais racionalidade e menos sensibilidade. E você percebe o quanto foi piegas, dramática...

Adoro passar horas lendo blogs, escrevendo... Como disse o Moa, o blog é: “ uma troca de presentes. Nem sempre gostamos dos presentes que nos são oferecidos, mas quando gostamos nos sentimos mais próximos de quem nos presenteia.” (Moa).
Podemos compartilhar histórias, compartilhar coisas nossas que muitas vezes são um pouco dos outros também. Quem nunca teve um grande amor, um amor impossível... Quem nunca teve dias tristes? Quem nunca teve dias de extrema euforia, momentos inesquecíveis.... Dias de sol e dias de chuva?

Esse compartilhar histórias/sentimentos mostra que não estamos sozinhos... Que sempre há esperança... Que algumas histórias “acabam” bem.... E que mesmo que acabe mal, você vai sobreviver. Porque todo mundo sobrevive. E no futuro, você vai olhar para trás com uma saudadezinha mas vai começar a enxergar aquilo como algo bom que passou pela sua vida, vai deixar de lamentar o fim.


"Ela fala com o coração e sabe que o amor, não é qualquer um que consegue ter. Ela é a sensibilidade de alguém que não entende o que veio fazer nesta viva, mas vive."
(Caio Fernando Abreu)


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Vi esse vídeo e me deu uma saudade do meu diário...
Já tive 3... E o último ainda tem folhas, mas o "abandonei"...
Agora escrevo no blog, na AP...
Vou lá resgatá-lo, e completar as folhas com todas as coisas que quero lembrar
no futuro... (vou aproveitar e reler também... ^^)




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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Segunda-feira, 11 de outubro de 2010. (21:15)

Meu professor falando sobre Vanguardas... Cubismo, Dadaísmo, Futurismo...
A aula está interessante... Mas ele sempre tem que falar sobre o Romantismo. Sobre amores impossíveis, tragédias... Sempre tem que ler algum poema. E alguns me lembram trechos do Caio Fernando Abreu e trechos da Tati Bernardi. Anoto alguns na agenda... Escrevendo e lembrando do AP (amor platônico), tem coisas "tão nossas" em alguns poemas... Tem coisas "tão nossas" em trechos do Caio e em trechos da Tati.
Gosto quando o professor muda de assunto, quando deixamos o Romantismo de lado, quando vamos para outro assunto interessante que não machuca. Eu mergulho na aula quando falamos sobre Vanguardas, Semana de Arte Moderna, paro de pensar um pouco nas coisas vividas aqui na universidade, por um momento paro de sentir esse vazio que vive comigo há um tempo. Mas o professor insiste em sempre voltar para histórias de amor... E as histórias me fazem lembrar de coisas... Quando percebo, estou olhando para a porta... Lembrando das vezes que vi o AP passando pelo corredor. Desde que ele se foi eu nem presto mais atenção ao corredor. Mas essas histórias, essas histórias que o professor conta, me fazem olhar para o lugar por onde ele passava.
E no fundo eu tenho esperança de que a cena se repita, mesmo sabendo que é impossível. Que droga. O amor é uma droga. Eu só precisava vê-lo para ficar feliz... Mesmo que de longe. E eu acostumei com isso de vê-lo todos os dias... E já não posso... Daqui a pouco vou viajar, e como sempre encostar a cabeça na janela do ônibus, ouvindo música, vendo a paisagem passar, tentando não pensar nele e pensando nele, acompanhada por esse vazio que ele deixou.


"Seria apenas mais uma história, se não tivesse tocado a alma." (Caio Fernando Abreu)

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"- Então, olhei pro lado e vi. - O quê? - Meu reflexo. Numa dessas portas de vidro. Eu tava lá, toda encolhida, com uma cara infeliz que nem eu pensava que tinha. Nem sabia que sabia fazer tal expressão. (...) - E, essa é a parte totalmente piegas, simbólica e estranha: Caiu um pingo de chuva no meu rosto. Um só. E bem no caminho que as lágrimas fazem, sabe. Minha imaginação disparou. Já estava chegando à conclusão de que o frio que sentia não era externo porra nenhuma, e vem esse pingo celeste. Ser humano é uma praga, né, já comecei a pensar que é uma mensagem divina e blá blá blá. - E não é? - Não, é só uma coincidência ordinária. Já caíram vários pingos de chuva no meu rosto, e meu estado de espírito que determinou o significado. É coisa aleatória, que só tem significado pra mim. Talvez Deus tivesse mesmo usado um conta-gotas, mas o resto é comigo. Se eu estivesse num estado normal de felicidade, só teria pensado: “putz, vai chover”." (Por @helokenne. http://meninadobalaio.wordpress.com/ A Helô tem textos ótimos, tive que colocar esse pedacinho aqui...)

Dia das crianças.


Mesmo depois que crescemos, o nosso lado criança permanece dentro de nós.
E minha mãe sempre diz que sou "uma criança grande". Ela diz isso porque de vez em quando abandono meu lado "gente grande" e faço coisas que fazia quando era criança... Pular na cama elástica aos 20 anos pode parecer estranho, mas eu adoro. xD

domingo, 10 de outubro de 2010

"... tive vontade de sentar na calçada (...) e chorar, mas preferi entrar numa livraria, comprar um caderno lindo e anotar sonhos" (Caio Fernando Abreu)

O mês de setembro se foi... E digamos que foi um “setembro cheio de agostos embutidos”. Passei o mês tentando ocupar meu tempo, me distrair, não pensar... No dia 17 uma fraquezinha... Joguei os 16 dias “longe do vicio” para o alto, e fui em busca do que me faz feliz... Achei que daria certo... Esperei ansiosa que o dia acabasse... Fui para festa (tipo Micareta), dancei, me diverti, mas tudo que eu queria era que chegasse o outro dia (dia 18), só para voltar a vê-lo... Ainda mais agora que eu nunca sei se voltarei a ver... Voltei da festa as 3:45am... Fui dormir pensando: ‘Falta pouco... Ele vai lá me ver... Vou matar a saudade.’ Contei as horas para que a droga do dia passasse e chegasse a hora combinada (20:00). Umas 19:00 horas, depois de ter mandando uma mensagem para confirmar, chega a resposta: ‘Vou não... Passei o dia no Studio, to cansado.’ Senti vontade de convencê-lo... Eu queria tanto. Ia tentar até ele dizer que ia, mas só deixei claro que queria que ele fosse e acabei com um “deixa pra lá...” É, deixa pra lá! Não foi a primeira vez que ele mudou os meus planos... Meu sábado estava acabado. Eu deixei de ir para uma festa em minha cidade porque achei que ia vê-lo, e ele deixa para dizer que não vai 19 horas? Ele teve o dia todo... Ele sabe o quanto é importante para mim. Senti vontade de chorar, não nego. Mas uma amiga estava ao meu lado, e eu tive que fingir que nada havia acontecido... Eu me senti uma boba. Acho que já passei dessa fase de paixãozinha, de choramingar... Mas eu estava tremendo, e não era de raiva. Era de medo. Medo porque naquele momento eu achei que nunca mais voltaria a vê-lo. Ali a ficha caiu. Não tinha mais universidade para vê-lo, e agora ele já não atendia aos meus “chamados”. E ele já não falava comigo todo dia no MSN, nem me mandava mais mensagens, nem responderia as minhas... Eu o vi saindo da minha vida assim do nada. De vez. E talvez para sempre.

Fomos para a casa da minha amiga e chegando lá, (re)conheci o irmão dela (já tinha o visto uma vez há uns 4 anos). Começamos a conversar e comentei que queria saber tocar violão, então ele pegou dois violões e começou a me ensinar... Aprendi bastante coisa (mas nem pratiquei depois), foi uma aula divertida. Depois saímos os três, para comer Tapioca de Frango com queijo (pedida igual sem ninguém ver o pedido um do outro) na Orla (isso as 23hrs). Percebi um certo interesse dele, mas pode ser coisa da minha cabeça. Só sei que, minha amiga e o irmão fizeram da minha noite de sábado bem divertida. No domingo, ele me levou na rodoviária, todo prestativo... Carregou minha mala, me deu abraço de despedida... Esperou o ônibus comigo e só saiu de lá quando entrei no ônibus. Voltei para casa não com o final de semana que eu esperei, mas com um final de semana legal. E aí eu decidi que eu precisava viver e esquecer o AP (amor platônico). Consegui me manter decidida por uns 2 dias... (hihihi) A falta que ele faz é tanta que era como se eu tivesse esquecido que ele sempre acaba me enrolando (porquenãomequer), e lá estava eu planejando mais um jeito de encontrá-lo. Minhas amigas queriam me “matar” porque eu não dei corda para o “professor de violão” (haha). Acontece que eu ainda estou presa demais ao passado. E estou cega, não vejo em volta (Na verdade até vejo haha, mas não me interesso por nada, por ninguém...). Não vejo graça em nada... Um ‘oi’ do AP tem mais efeito do que um ‘Você é linda’ de qualquer outra pessoa. Dia 22 foi meu aniversário, e eu sinceramente achei que o AP não ia me desejar parabéns... Veio um recadinho: ‘parabéns! =]’ (Ele é sempre tão do contra que quando eu tinha vergonha de falar certas coisas ele mandou: “parabéns, você merece tudo de melhor que existe no mundo. :)” Só porque esse ano eu tava pensando em responder com: ’eu só quero você. ;P’ Ele não mandou). Respondi com um ‘obrigada’, frio e gelado como ele estava. Os dias foram passando e no dia 28 enquanto eu falava sobre ele na cozinha (hihihi), ele falava comigo no MSN: ‘desculpe por eu ter me afastado...’ . Quando voltei e vi, coração disparou... Eu respondi com: ‘foram tantas “afastadas” nesses quase 3 anos...’ . Achei que voltaríamos a nos falar como antes... Que nada. Ele se afastou de novo no dia seguinte. Eu não sei porque sempre crio expectativas, eu já sei que vai ser assim... É sempre assim. Resolvi que mesmo querendo, ia deixar ele fazer o quisesse, que eu nunca mais ia puxar assunto... Que quando ele quisesse ele viesse. Sabia também que talvez ele nunca mais falasse. Nada estava igual depois daquele 1º de setembro. E é assim que vem sendo minha vida há um tempo, um dia de felicidade, 15 dias/1 mês de saudade, de afastamento... Depende muito do humor dele. Não resisto muito... sempre acabo querendo saber como ele está... Sonho com ele praticamente todas as noites. Quarta-feira (06/10), ele me mandou uma mensagem... Fiquei surpresa. ‘Tô com uma gripe da gota :(‘ . Respondi e até agora estou sem sinal de vida. Mandei outra ontem, perguntando se ele tava melhor... Nada. Antes de ficarmos, ele sempre respondia. E mandava mais também... Qual terá sido o erro? Onde foi que nos perdermos ainda mais?

O que eu sei é que tenho ótimas companhias para suprir o que me falta: CHOCOLATE, Morango com leite condensado, festas, amigos, internet, livros, escrever... (E que nada adianta... Porque demoro horas para dormir pensando nele... Lembrando com saudades de coisas que ele nem deve lembrar mais. Coisas bobas, como um ‘oi’, um sorriso, uma palavra, uma brincadeira... Um olhar, um abraço, um beijo. Porque sonho com ele, porque acordo e fico na cama olhando para o teto e lembrando do sonho que tive com ele. Porque me pergunto se nem sequer no fundo ele achou bom... Porque cada mordida no chocolate é uma lembrança... Porque eu luto contra mim, todo dia uma batalha nova. Todo dia eu tenho que me ocupar para afastar essas lembranças da mente, para esquecer da falta que ele me faz... E não tem festa, nem chocolate, nem amigo, nem livro, nem “desabafo” que mude isso).
“- Não olhe para trás. Em plataformas de trens [assim como em todas as despedidas] se olharmos para trás, essa imagem continuará para sempre, como uma PROMESSA.”



Se você olhar para trás, quer voltar sempre. É preciso pensar no futuro e deixar o passado para trás. Sem dor. É preciso parar de tentar voltar, é preciso seguir em frente, e se o passado tiver que fazer parte do seu futuro, ele vai até você.

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“Por que escrevo? Porque é a minha vingança contra todas as palavras e sensações que morrem todos os dias mostrando pra gente que nada vale de nada.” (Tati Bernardi)

Recomendo: http://www.tatibernardi.com.br/textos.php?id=235&y=2008&tit=N%E3o-%E9-feito-pra-dar-certo (Quase sempre é assim).

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

É impossível não se importar...


Caminho pelas ruas, céu nublado, vento no rosto bagunçando o cabelo e secando as lágrimas que insistem em cair... Não controlo. Faz frio, posso sentir minhas bochechas geladas. Encontro um amigo, ele não entende como isso pode ser assim... Então ele tenta aproveitar-se do meu momento de fraqueza e se declara. É pior, bem pior. Não consigo (nem quero) me relacionar com ninguém. E agora além de estar triste, me sinto culpada. Não posso corresponder ao sentimento desse amigo... Assim como R não corresponde ao meu. E eu sei o quanto isso dói, o quanto isso machuca. Que droga. Que vida complicada. Sempre assim: Dez passos para frente e cem passos para trás.
Amigos não deveriam misturar as coisas, estragar amizades... Quantas vezes eu falei que meu coração está fechado e que joguei a chave fora... Não quero saber de amor. Amar é tão complicado... E mesmo que encontrem a chave, já está todo ocupado. Cada pedacinho, cada cantinho...
Acontece que eu “ouvi” que vou ter que me acostumar com a ausência. ‘Agora.’ Parece que alguém cansou de satisfazer os meus caprichos. Não vai mais cooperar. E isso está me matando. Como pensar que depois de tanto tempo (848 dias 5 horas e 45 minutos aproximadamente) terei que me acostumar com a falta? Assim de repente... 848 dias esperando cada novo dia para vê-lo... Mesmo que a gente nem se falasse. Bastava vê-lo. E aí de repente reduzem. E agora, ele corta. Eu chegava em casa torcendo para que o tempo passasse voando, para chegar logo o outro dia, só para vê-lo.
Agora não tenho mais nada.

E ninguém faz ideia do quanto é difícil deixar o amor ir embora... Ainda mais quando ele está mais vivo que nunca.

Ao som de Oasis (‘Stop Crying Your Heart Out‘ e ‘Wonderwall’)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

"A questão não é o que eu sinto por você, é o que eu não sinto por mais ninguém."


Não consigo me interessar por mais ninguém...
Acordo e vou dormir com um único pensamento: você.
Até no meio de uma festa, penso em você... Quando estou tomando café da manhã, almoçando, jantando, estudando, conversando... Até quando outro cara tenta ficar comigo, penso em você. Não quero ninguém, só você!
Não deixo ninguém se aproximar, não consigo... Você está ocupando cada espaço de mim... É só dos teus beijos que sinto vontade... É do teu riso que sinto saudade.
É você quem faz meu coração disparar, é você quem me tira o ar, o chão...
É o seu nome que eu chamo quando falo dormindo...
Se ao menos eu conseguisse me interessar por alguém... Se eu conseguisse te deixar em paz... Mas não consigo. Preciso de você por perto, por isso te chateio com minha "sede infinita de amor".

"Me perguntaram: Por que você se apaixonou?
Eu respondi: Não sei. (...) Eu simplesmente amo, acordo e vou dormir com ele nos meus pensamentos."


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"Você foi o maior dos meus casos. De todos os abraços o que eu nunca esqueci. Você foi dos amores que eu tive O mais complicado e o mais simples pra mim. Você foi o melhor dos meus erros, a mais estranha história que alguém já escreveu. E é por essas e outras que a minha saudade faz lembrar de tudo outra vez.(..)Das lembranças que eu trago na vida, você é a saudade que eu gosto de ter. Só assim sinto você bem perto de mim outra vez. Esqueci de tentar te esquecer, resolvi te querer por querer, decidi te lembrar quantas vezes eu tenha vontade, sem nada perder. Você foi toda a felicidade..." ♫

domingo, 12 de setembro de 2010


Frio + preguiça + chocolate + chuva + filme + pipoca + brigadeiro + SAUDADE.

Muito chocolate/brigadeiro/pipoca, para suprir a falta...

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"Pra não pensar na falta, eu me encho de coisas por aí. Me encho de amigos, bares, livros, músicas..." (Tati Bernardi)

Sabe qual o problema?

O problema é essa incerteza. Isso de não saber se verei novamente...
Se eu soubesse quando voltarei a vê-lo, esperaria com menos ansiedade, com menos angústia, doeria menos...
Eu teria certeza que poderei matar a saudade. Dói não saber quando irei vê-lo, não saber SE irei vê-lo...
O problema é a falta de prazos/datas... =/ Tudo uma tentativa cega, incerta e diária, de repetição.





"A gente teve uma hora que parecia que ia dar certo. Ia dar, ia dar, sabe quando vai dar?"

"Eu não sou simples, nunca fui. Mas sempre quis ser sua, concertar meus erros, viver novos momentos e você não..." (Caio Fernando Abreu)

"Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar essa pessoa de nossos sonhos e abraçá-la. " [Clarice Lispector]

domingo, 5 de setembro de 2010

"Quando setembro vier..."


Depois da última desilusão de agosto, setembro finalmente chegou.
(Mas digamos que foi um agosto melhor que o esperado...)
Depois de marcar algo e ser esquecida (mas isso não é algo do mês de agosto, já aconteceu antes), enfim pude matar a saudade que tava me matando.
Meu 1º de setembro não podia ter sido melhor.



Vivo de migalhas, meu humor depende de outra pessoa... Essa pessoa consegue fazer do meu dia o mais feliz e/ou o mais triste...
E mesmo quando não faz nada, me deixa triste... Porque esse nada e essa falta machucam. Porque eu preciso perto de mim (nem que seja de vez em quando)... Ele até que é bomzinho e às vezes satisfaz meus caprichos (como nesse 1º de setembro)...

Para não me afundar, resolvi que tenho a obrigação de ser feliz... Não corto minhas esperanças, e me deixo sonhar... Porque quando penso em esquecer, em desistir... quando penso que nunca mais vai se repetir, sinto um vazio imenso, incalculável... Então me deixo viver isso. Mas tento pensar em outras coisas... Acreditar que talvez um dia tudo dê certo... Ou, que talvez um dia eu não me importe mais.


"Vai menina, fecha os olhos. Solta os cabelos. Joga a vida. Como quem não tem o que perder. Como quem não aposta. Como quem brinca somente.Vai, esquece do mundo. Molha os pés na poça. Mergulha no que te dá vontade. Que a vida não espera por você. Abraça o que te faz sorrir. Sonha que é de graça. Não espere. Promessas, vão e vem. Planos, se desfazem. Regras, você as dita. Palavras, o vento leva. Distância, só existe pra quem quer. Sonhos, se realizam, ou não.Os olhos se fecham um dia, pra sempre. E o que importa você sabe, menina. É o quão isso te faz sorrir. E só." [Menina Flor, Boabagens da Alma].
"Fico só querendo te dizer de como eu te esperava quando a gente marcava qualquer coisa, de como eu olhava o relógio e andava de lá pra cá..."

Eu sei que ele não gosta de mim, mas o jeito que ele me olha quando vai me beijar, vale por tudo. E passo dias, horas, (re)lembrando os beijos, os abraços, aquele olhar... Queria tanto encontrar um jeito de “roubar” aquele coração. Sinto vontade de ficar ali pra sempre. O tempo parece voar... E me doem as despedidas, principalmente pela incerteza, por não saber se aquele momento vai se repetir.

"Mas como menina-teimosa que sou, ainda insisto em desentortar os caminhos. Em construir castelos sem pensar nos ventos. (...) Porque aprendi, que a vida, apesar de bruta, é meio mágica. Dá sempre pra tirar um coelho da cartola. E lá vou eu, nas minhas tentativas, às vezes meio cegas, às vezes meio burras, tentar acertar os passos."

"você nem precisa trazer maçãs nem perguntar se estou melhor, você não precisa trazer nada, só você mesmo." (Caio Fernando Abreu)

Duas coisas eram, para eles, muito significativas:
a NOITE e a CHUVA.
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♪ "Amor igual ao teu, eu nunca mais terei. Amor que eu nunca vi igual, que eu nunca mais verei. Amor que não se pede, amor que não se mede, que não se repete..."

sábado, 4 de setembro de 2010


A canção diz:
Perigo é ter você perto dos olhos,
mas longe do coração.

Mas eu ouço:
Perigo é ter você longe dos olhos,
mas dentro do coração...

[em tudo que eu vejo, eu vejo você]


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Ela suspirou, e baixinho como o suspiro, cantou com o vento:
"AONDE ESTÁ VOCÊ AGORA, ALÉM DE AQUI DENTRO DE MIM?"

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"Só é capaz de entender um atrevimento, quem já se apaixonou, p e r d i d a m e n t e ."

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"O inevitável desejo, o escuro da noite, e o irresistível ato de estarem juntos os tornara ADORAVELMENTE irresponsáveis."



"Eu não vejo as coisas todas pela mesma ótica que você, mas mesmo assim, quando o assunto são as ESTRELAS, sei que estamos vendo e falando e sentindo na mesma DIREÇÃO."


"O que será que acontece depois do fim?"

Colocando esse vídeo aqui porque me traz lembranças...(MSN)
- Você parece com essa mulher da novela...
- Qual?
- A da cadeira de rodas... IGUAL IGUAL.
- Agora toda vez que você vê-la, vai lembrar de mim... haha
- Já lembro...
*-*


Pena que acabou... =/ Talvez ele nem lembre mais disso... Mas eu lembro.
Lembro de cada detalhe/gesto/palavra... E toda vez que vejo os personagens (Luciana e Miguel - Viver a vida), ou ouço a música, lembro dessa conversa.

"DAS INCÓGNITAS
E se eu te ligasse hoje,
e falasse que meu coração acordou
aos pulos de tantas saudades de você,
_ o que será que você me diria?"

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Saudade sem fim...

"Observando-te enquanto posso. Um dia, talvez eu não possa mais (...). Enquanto eu posso, enquanto eu quero, te observo, te sigo..." Esse dia chegou! =(



- Como estão as coisas por lá?
- É estranho sem você por lá...
(Se olharam com cara de tristes, como se a tristeza dela o comovesse)
- Acostuma... (falou tentando amenizar a situação)
- É, falta pouco... Só mais quatro meses.
- Eu disse que seria pior se a gente ficasse.
- Não, não faz diferença... Ficando ou não, eu sentiria sua falta do mesmo jeito.

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"E essa falta cresce à cada dia, de forma avassaladora. Quando enfim penso que estou me acostumando, que estou te esquecendo, você ressurge de forma inesperada ocupando todos os espaços, transbordando de dentro de mim... E é nessa inconstante loucura que vivo sem te ter". (Caio Fernando Abreu)

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

"Fui ali ser feliz e já volto..."

Mais um dia comum... Nada a ser esperado nem “desesperado”.
Acordei, saí para comprar algumas coisas... Uma vontade enorme de falar, de ligar, de ver... Mas eu não podia.
Logo era hora da aula, liguei para alguns amigos para saber se realmente teria aula... Todos achavam que sim. Chegando lá, fomos avisados de que não haveria.
Eu só podia voltar para casa as 22:00 horas, tinha que esperar o ônibus intermunicipal. Liguei para Carol que estuda em outro campus, e ela me chamou para assistir um jogo lá. Pensei em não ir, em ficar no campus I mesmo... Acabei indo para o campus II.
Enquanto ia, lembrei que aquele era o campus do AP agora, e que talvez ele estivesse por lá. Gelei só com a idéia de encontrá-lo por lá. Enquanto olhava pela janela do ônibus pensava um milhão de coisas... Lembrava daqueles dois anos estudando no mesmo campus que ele... Queria tanto vê-lo.
Pensei: ‘E se eu não voltar a vê-lo nunca mais? Isso aqui não é um filme onde no final tudo acaba como a gente quer... Diferente de filme eu não vou chegar lá e encontrá-lo. Em filme pode até parecer que vai dar tudo errado, mas no último minuto tudo se acerta. Acontece que isso aqui é vida real.’
Entrei olhando para os lados, encontrei todo mundo de arquitetura que estudava no campus I antes, menos quem eu queria. Fui assistir o jogo com Carol. O jogo tava bem divertido. Mas eu não conseguia esconder minha vontade de “ver alguém”. Ela disse: “Mande uma mensagem dizendo que você ta aqui...” Então o professor dela, que ouvia nossa conversa disse: “Quem você quer ver? Se você realmente quer ver alguém, ligue! Diga: ‘Estou aqui, quero te ver!’ Isso de esperar para ver se encontra, pode não dar certo. Pode ser que não encontre, ta cheio aqui...” Carol: “Mas e o orgulho?” O professor: “O orgulho, o orgulho impede que a gente faça tanta coisa na vida. E aí daqui a alguns anos você vai olhar para trás e se perguntar: ‘por que eu não fiz isso?’. E vai se arrepender de não ter tentado. Quando quiser algo, faça.”
Ele tinha razão.
Tudo deu certo. Conversei com o AP, matei a saudade.
Como eu disse no poste anterior: “Se um dia a gente voltar a se encontrar, vai ser lindo!” E foi. :)



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Recuperei minhas asas (ao menos por um dia).
[10-08-2010]

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

"vida..."


Muitas amigas afirmam que a minha vida daria um livro, uma novela ou um filme. (E olha que nem contei todos os detalhes! Guardei algumas coisas só para mim...) Ouviam com atenção minhas histórias, por mais bobas que parecessem, e suspiravam junto comigo, imaginando cada cena. Talvez pela intensidade de emoções, talvez porque diferente de algumas, nunca consegui trocar de amor, ou me envolver sem gostar. E isso me fez acumular 2 anos e 3 meses de histórias diárias de um único filme.
Detalhes como encontros nos corredores, acompanhado de frio na barriga, falta de coerência da minha parte e tremedeira, viravam histórias (sempre usando o ‘ele’ no lugar do nome, para que ninguém descobrisse quem era).
Mesmo que eu volte a amar alguém assim, nunca vou esquecer meu primeiro amor... E as histórias nunca serão iguais, cada uma com sua intensidade.
Acho que aquela voz vai ficar gravada em minha mente para sempre... E como vou esquecer aquele sorriso? O sorriso mais lindo do mundo.
Apesar de achar impossível esquecer, tenho medo. Medo de com o tempo não lembrar mais do som da voz, do sorriso, do cheiro... Medo de que a imagem se perca e não reste nada dele em mim... Só esse amor, esse amor que não me deixa... Esse amor que sei que é para sempre.
Tenho medo de nunca mais poder ouvir aquela voz... Medo de perder contato para sempre... Cada um seguindo seu caminho, cada um remando em uma direção agora... E se um dia a gente voltar a se encontrar, vai ser lindo!
Todas aquelas emoções voltando... Aquela alegria, aquele frio na barriga, a sensação de ficar sem chão, a vontade de estender o braço e tocá-lo...
A tremedeira...
E eu vou ter tanta coisa para dizer, mas talvez tanto tempo tenha passado que falar não seja mais necessário. E aí eu vou ficar calada, só olhando. E um filme de tudo vai invadir minha mente, e eu vou sentir tanta saudade de um tempo que não volta mais, e começar a pensar em como teria sido se tivéssemos remado na mesma direção.

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“É como um livro: se você se envolveu com alguém na página nove, e quiser arrancar essa página depois, o livro fica incompleto. O episódio acabou, mas vai fazer parte da história pra sempre. Mesmo que você já esteja na página trinta, quando voltar à página nove aquele amor estará lá, exatamente do jeito que você deixou”. (Valentina)

Quero minhas asas de volta... Quero voltar a voar!


Sabe aqueles dias onde tudo parece pior e/ou maior?
Onde você tenta estar feliz mas seu interior não está?
Tudo não passa de uma felicidade superficial.
Você até sorrir, até mostra se divertir, dá gargalhadas... Mas seu interior, seu interior está totalmente triste, desmanchado, despedaçado...
Em um minuto você está sorrindo e no minuto seguinte você está chorando.
Você não tem mais asas, já não pode voar... É obrigada a manter-se com os pés no chão. E isso dói. Eu quero minhas asas de volta! Queria poder voltar a acreditar que tudo é possível... Que se você realmente quer algo, "corre atrás", deseja do fundo do seu coração, você consegue. Eu quero poder sonhar, acreditar em contos de fadas, em dias melhores... Quero voltar a voar, mesmo que depois eu caia. O que eu não aguento, é não poder mais tirar os pés do chão.

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"Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim, que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo; repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder.
Tudo é tão vago como se fosse nada."
(Caio F. Abreu)


"Decidi ser feliz porque faz bem à saúde". (Voltaire)

domingo, 8 de agosto de 2010


Não era só saudade, vontade de ficar, não era só isso...
Precisava dele por perto.

Ia além da saudade, da vontade...
Às vezes, eu acordava necessitando dele. Como se ele fosse o ar que eu respiro. E eu esquecia tudo, quebrava todas as promessas de nunca mais tentar me aproximar.

Eu queria, eu precisa tê-lo por perto - nem que fosse muito de vez em quando -
mesmo sabendo que ele não queria.
E eu sabia que se eu não tivesse medo, que se eu fosse em frente com todas as minhas armas, eu poderia conseguir esse "de vez em quando". Mas nem sempre você acorda com essa coragem toda... Existe sempre o medo do não, o medo do o que ele vai pensar. E aí você resolve se afastar, tenta esquecer, deixar ele te procurar (se quiser e quando quiser), então você quase morre de saudades, de vontade... Mas consegue resistir por um tempo. Até acordar em um dia daqueles... Um dia onde tudo te lembra (ainda mais que o normal) , um dia em que a saudade é ainda maior e causa uma dor maior, um dia no qual você sente vontade de viver na cama para sempre. Um dia no qual você sente tanta mas tanta falta que parece impossível viver longe... Como se nada fizesse sentido.
Então você sente uma vontade enorme de ligar
(nem que seja para ouvir o silêncio da pessoa), mas você não sabe se irão atender. Se você liga e não atendem, é ainda pior. E se te dão sua dose diária, você fica bem (ao menos por uns dias, até ter outra "crise de necessidade do outro").

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"De vez em quando eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno, bem no meio duma praça, então os meus braços não vão ser suficientes para abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta, mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme...só olhando você, sem dizer nada só olhando e pensando: Meu Deus, mas como você me dói de vez em quando!"

"Uma palavra ou um gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros."

(Caio Fernando Abreu)

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Uma viciada que precisa de doses dele para ficar feliz...

São 23:13, e faz uns 10 minutos que não paro de tremer... Tudo por causa de um simples “oi” no MSN...
Estou aqui tremendo, patética e ridícula...
Começava a escrever um texto sobre Indiferença, colocava no papel o quão ruim era.
Pensava nele, e ele falou comigo... Não, não é destino. Pura coincidência! Não existe mais destino para nós.
Tudo perdido... Pouco mais de dois anos de “amizade” perdidos. Será que não poderíamos conviver como pessoas “adultas”?

No fundo eu entendo, eu o assusto com esse “amor exagerado”, eu o afasto. Quando tudo que eu queria era ter por perto...
A tremedeira passou... Acabou o assunto... Fico com medo de puxar assunto e parecer uma chata... Ele me deu 10 minutos da sua vida, e pronto. Mas ao menos tive minha dose diária. É, me sinto uma viciada. Uma viciada que precisa de doses dele para ficar feliz...

Eu espero de verdade que ele seja muito feliz. Que encontre alguém que seja o que eu não sou... Mas sei que ninguém nunca vai sentir por ele o que eu sinto. Não é exagero. Só eu sei o que eu senti quando tive a chance de poder sentir o abraço, o beijo... Eu sei o que sinto quando lembro. Ou até mesmo o que eu sentia cada vez que o via, cada vez que via o sorriso...

Incrível como alguém pode te levar do inferno ao céu (e vice-versa) em alguns instantes...

“As mãos estão atadas, os pés amarrados, e a mordaça aperta a boca. Tudo isso esmaga o coração e sufoca a alma. (...) Dói querer continuar a história e não poder.” (Rayssa)


"O contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.
A indiferença consegue ser pior que o ódio. Quando alguém que você gosta te odeia, você provoca sensações, por piores que sejam...
Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações."

NÃO PRATIQUE A INDIFERENÇA!
MACHUCA.
Mas é que fico me perguntando se não teria sido melhor não ter mas ter por perto...

O preço por algumas vezes foi alto demais.

sábado, 31 de julho de 2010


Chega uma hora em que você não tem mais escolha.

Uma vez li que: Difícil não é lutar para sempre - para isso basta você ser um idiota que insiste em algo que nunca vai para frente. - Difícil é desistir.

Quando você quer muito algo, deve lutar para conseguir, mas deve saber a hora de parar. Chega uma hora em que a luta deixa de valer a pena... Chega uma hora que é preciso sair dessa “guerra” para não se machucar ainda mais.

Daí você lembra das poucas batalhas vencidas e sente vontade de ir até o fim...
Mas nessa “guerra” chamada amor, não adianta esmurrar uma porta blindada...
Você só vai conseguir machucar a sua própria mão.

Para ganhar essa “guerra”, é preciso uma ponte, uma passagem secreta... um meio de conquistar, de se aproximar... Mas se a outra pessoa derruba as pontes e fecha essas passagens, cabe a você parar de se ferir e desistir.



Tente entrar nesse castelo sem pontes ou passagens secretas >

quinta-feira, 29 de julho de 2010

saudade ferindo feito espinhos...

Eu queria não precisar do seu sorriso para viver...
Eu queria que você não me doesse tanto.
E quando você se afasta, dizendo que faz isso para não me machucar, você me machuca ainda mais. Porque se você está por perto, mesmo que como amigo, eu posso sorrir. Mas sem você, sem você é insuportável viver.
A ficha está caindo... Meu medo está se tornando cada vez mais real... Cada dia que passa estamos mais distantes. Eu já não sei se voltarei a te ver... E pensar que talvez eu não te veja mais, acaba comigo.
Não faça isso... Não se afaste. Eu sei que você não pode corresponder a esse amor, mas eu só preciso te ter por perto. Não estou pedindo o teu amor, estou pedindo você por perto, estou pedindo um abraço, estou pedindo para ver o teu sorriso.
E se você não vem, fica sempre essa saudade ferindo feito espinho.


E fico me perguntando: “será que algum dia gostarei de alguém mais do que gostei dele?”...
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"- Sonhei com você.
- Aeh?! E como foi?
- Não sei, não lembro.
- Ué.. e como sabe que sonhou comigo?
- Acordei feliz :]"

terça-feira, 27 de julho de 2010

Mais uma manhã chuvosa, um dia como outro qualquer, a não ser pelo fato de que seria o primeiro dia de aula do segundo semestre...
As férias acabaram, e ela ainda não tinha se dado conta que nada seria como antes... Até sabia, mas existe uma grande diferença entre imaginar e viver.
Levantou, olhou o relógio, era cedo. Fazia tempo que não acordava cedo em um dia comum... Talvez no fundo estivesse ansiosa para o primeiro dia... Tinha esperança, apesar de saber que ele não estaria lá, esperava. Acostumou assim... Como esquecer todas aquelas vezes em que contou os dias para a volta as aulas, só para vê-lo, nem que fosse de longe... Para vê-lo sorrir, para vê-lo andar pelos corredores...
Chegou a noite, hora da aula... Entrou na universidade quase vazia, fazendo o percurso de sempre. Até aí, tudo normal... Mas quando passou pela lanchonete, virou-se para o lado esquerdo, olhando para o lugar onde se conhecerem, lembrou de uma das conversas que tiveram ali, e chegou a sorrir. Uma saudade boa, uma vontade de repetir... Lembrou-se que era observada por algumas poucas pessoas que passavam e continuou andando.
Subiu as escadas (aquela escada era testemunha de muitos “ois”, sorrisos, tremedeiras...), mas até aí estava bem... Até que, chegando lá em cima, pode observar todas as salas do lado direito com as luzes apagadas... Aquilo doeu, continuou andando, foi em direção a sala... Antes de entrar, olhou para a porta que ficava quase em frente da sua... Sala C06... Fechada. Lágrimas surgiram em seus olhos. Uma vontade de chorar... Mas não podia... Segurava o choro enquanto lembrava-se de todas as vezes que o viu saindo dali...
Um colega sai de sua sala e acaba flagrando-a ali sozinha no corredor. Ela desperta dos seus pensamentos, disfarça, tenta sorrir e responder ao caloroso “oi”... Ele a arrasta para a sala.
Na saída, enquanto espera os amigos no corredor, olha para as salas vazias, escuras... Passa por outras salas, salas nas quais ele também já teve aula... Bloco C, B, D... Salas de vídeo... Todos os lugares possíveis de encontrá-lo durante esses anos, agora estavam fechados... Mas ela sempre se lembraria dele, toda vez que passasse por aquelas salas (principalmente pela C06, que foi a última e que ficava tão próxima da sala dela), toda vez que entrasse na universidade (naquele semestre que seria o último semestre dos dois ali, se ele não tivesse mudado), toda vez que sentasse naquelas mesas (da lanchonete onde se conheceram), ou naqueles bancos (onde já conversaram)... Ele já fazia parte dali... Estava grudado nas paredes, nos corredores... E principalmente, estava grudado na mente e no coração dela.


Abaixo, um texto de Caio Fernando Abreu:
“De repente me passa pela cabeça que a minha presença ou a minha insistência pode talvez irritá-lo. Então, desculpa não insistirei mais. (…) eu queria dizer que eu estava com você, e a menos que você não me suporte mais, continuaria te procurando e querendo saber coisas. Bobagens? pois é, se quiser ria como você costuma rir para se defender. Não estou me defendendo de nada. Estou perguntando a você se permite que eu tenha carinho por você, seu idiota. Olha, não se sinta pressionado por nada disso. Nada te obriga a responder nem nada. Pode ficar em silêncio, se você tiver vontade. Mas estou aqui, continuo aqui não sei até quando, e quando e se você quiser, precisar, dê um toque te quero imensamente bem, fico pensando se dizendo assim, quem sabe, de repente você até acredita. Acredite.”