segunda-feira, 9 de agosto de 2010

"vida..."


Muitas amigas afirmam que a minha vida daria um livro, uma novela ou um filme. (E olha que nem contei todos os detalhes! Guardei algumas coisas só para mim...) Ouviam com atenção minhas histórias, por mais bobas que parecessem, e suspiravam junto comigo, imaginando cada cena. Talvez pela intensidade de emoções, talvez porque diferente de algumas, nunca consegui trocar de amor, ou me envolver sem gostar. E isso me fez acumular 2 anos e 3 meses de histórias diárias de um único filme.
Detalhes como encontros nos corredores, acompanhado de frio na barriga, falta de coerência da minha parte e tremedeira, viravam histórias (sempre usando o ‘ele’ no lugar do nome, para que ninguém descobrisse quem era).
Mesmo que eu volte a amar alguém assim, nunca vou esquecer meu primeiro amor... E as histórias nunca serão iguais, cada uma com sua intensidade.
Acho que aquela voz vai ficar gravada em minha mente para sempre... E como vou esquecer aquele sorriso? O sorriso mais lindo do mundo.
Apesar de achar impossível esquecer, tenho medo. Medo de com o tempo não lembrar mais do som da voz, do sorriso, do cheiro... Medo de que a imagem se perca e não reste nada dele em mim... Só esse amor, esse amor que não me deixa... Esse amor que sei que é para sempre.
Tenho medo de nunca mais poder ouvir aquela voz... Medo de perder contato para sempre... Cada um seguindo seu caminho, cada um remando em uma direção agora... E se um dia a gente voltar a se encontrar, vai ser lindo!
Todas aquelas emoções voltando... Aquela alegria, aquele frio na barriga, a sensação de ficar sem chão, a vontade de estender o braço e tocá-lo...
A tremedeira...
E eu vou ter tanta coisa para dizer, mas talvez tanto tempo tenha passado que falar não seja mais necessário. E aí eu vou ficar calada, só olhando. E um filme de tudo vai invadir minha mente, e eu vou sentir tanta saudade de um tempo que não volta mais, e começar a pensar em como teria sido se tivéssemos remado na mesma direção.

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“É como um livro: se você se envolveu com alguém na página nove, e quiser arrancar essa página depois, o livro fica incompleto. O episódio acabou, mas vai fazer parte da história pra sempre. Mesmo que você já esteja na página trinta, quando voltar à página nove aquele amor estará lá, exatamente do jeito que você deixou”. (Valentina)

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