Mais um dia comum... Nada a ser esperado nem “desesperado”.
Acordei, saí para comprar algumas coisas... Uma vontade enorme de falar, de ligar, de ver... Mas eu não podia.
Logo era hora da aula, liguei para alguns amigos para saber se realmente teria aula... Todos achavam que sim. Chegando lá, fomos avisados de que não haveria.
Eu só podia voltar para casa as 22:00 horas, tinha que esperar o ônibus intermunicipal. Liguei para Carol que estuda em outro campus, e ela me chamou para assistir um jogo lá. Pensei em não ir, em ficar no campus I mesmo... Acabei indo para o campus II.
Enquanto ia, lembrei que aquele era o campus do AP agora, e que talvez ele estivesse por lá. Gelei só com a idéia de encontrá-lo por lá. Enquanto olhava pela janela do ônibus pensava um milhão de coisas... Lembrava daqueles dois anos estudando no mesmo campus que ele... Queria tanto vê-lo.
Pensei: ‘E se eu não voltar a vê-lo nunca mais? Isso aqui não é um filme onde no final tudo acaba como a gente quer... Diferente de filme eu não vou chegar lá e encontrá-lo. Em filme pode até parecer que vai dar tudo errado, mas no último minuto tudo se acerta. Acontece que isso aqui é vida real.’
Entrei olhando para os lados, encontrei todo mundo de arquitetura que estudava no campus I antes, menos quem eu queria. Fui assistir o jogo com Carol. O jogo tava bem divertido. Mas eu não conseguia esconder minha vontade de “ver alguém”. Ela disse: “Mande uma mensagem dizendo que você ta aqui...” Então o professor dela, que ouvia nossa conversa disse: “Quem você quer ver? Se você realmente quer ver alguém, ligue! Diga: ‘Estou aqui, quero te ver!’ Isso de esperar para ver se encontra, pode não dar certo. Pode ser que não encontre, ta cheio aqui...” Carol: “Mas e o orgulho?” O professor: “O orgulho, o orgulho impede que a gente faça tanta coisa na vida. E aí daqui a alguns anos você vai olhar para trás e se perguntar: ‘por que eu não fiz isso?’. E vai se arrepender de não ter tentado. Quando quiser algo, faça.”
Ele tinha razão.
Tudo deu certo. Conversei com o AP, matei a saudade.
Como eu disse no poste anterior: “Se um dia a gente voltar a se encontrar, vai ser lindo!” E foi. :)
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Recuperei minhas asas (ao menos por um dia).
[10-08-2010]
Eeeita, matou as saudades! =)
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