quarta-feira, 15 de setembro de 2010

É impossível não se importar...


Caminho pelas ruas, céu nublado, vento no rosto bagunçando o cabelo e secando as lágrimas que insistem em cair... Não controlo. Faz frio, posso sentir minhas bochechas geladas. Encontro um amigo, ele não entende como isso pode ser assim... Então ele tenta aproveitar-se do meu momento de fraqueza e se declara. É pior, bem pior. Não consigo (nem quero) me relacionar com ninguém. E agora além de estar triste, me sinto culpada. Não posso corresponder ao sentimento desse amigo... Assim como R não corresponde ao meu. E eu sei o quanto isso dói, o quanto isso machuca. Que droga. Que vida complicada. Sempre assim: Dez passos para frente e cem passos para trás.
Amigos não deveriam misturar as coisas, estragar amizades... Quantas vezes eu falei que meu coração está fechado e que joguei a chave fora... Não quero saber de amor. Amar é tão complicado... E mesmo que encontrem a chave, já está todo ocupado. Cada pedacinho, cada cantinho...
Acontece que eu “ouvi” que vou ter que me acostumar com a ausência. ‘Agora.’ Parece que alguém cansou de satisfazer os meus caprichos. Não vai mais cooperar. E isso está me matando. Como pensar que depois de tanto tempo (848 dias 5 horas e 45 minutos aproximadamente) terei que me acostumar com a falta? Assim de repente... 848 dias esperando cada novo dia para vê-lo... Mesmo que a gente nem se falasse. Bastava vê-lo. E aí de repente reduzem. E agora, ele corta. Eu chegava em casa torcendo para que o tempo passasse voando, para chegar logo o outro dia, só para vê-lo.
Agora não tenho mais nada.

E ninguém faz ideia do quanto é difícil deixar o amor ir embora... Ainda mais quando ele está mais vivo que nunca.

Ao som de Oasis (‘Stop Crying Your Heart Out‘ e ‘Wonderwall’)

2 comentários: