domingo, 7 de novembro de 2010

"Não adianta, no momento que as pessoas se afastam, elas estão irremediavelmente perdidas uma da outra."


Sempre que nos afastamos, os sonhos aumentam. Como eu já disse, talvez seja uma maneira de ter por perto, mesmo longe.
Mas o sonho de ontem foi diferente...
Antes de dormir, li uns trechos de Caio Fernando Abreu, e o último que li foi:
"Que te dizer? Que te amo, que te esperarei um dia numa rodoviária, num aeroporto, que te acredito, que consegues mexer dentro de mim? É tão pouco.”
E sonhei com isso...
Sonho: Passei a noite inteira em um aeroporto esperando... Fiquei sabendo que ele ia chegar de viagem e corri para o aeroporto para esperá-lo. Esperei, esperei... Passei a noite toda no aeroporto (e acho que esse sonho ocupou a noite inteira de verdade... foi longo e só lembro de ter sonhado com isso), era tão real. Procurei informações sobre os horários dos vôos, fiquei na fila um tempão pra conseguir alguma informação... Todo avião que chegava eu tinha esperança de que ele fosse descer, e nada. Quando cheguei ao aeroporto era dia... Quando saí de lá já era noite. E nada. Ele não chegou. Nem em sonhos ele chegou...
O sonho era tão real que eu sentia. Lembro de como desci as escadas, sentindo que foi tudo uma perda de tempo. Sentindo uma tristeza tão sem remédio... E aí era dia e eu acordei. Foi bom ter acordado assim que a ficha caiu, porque mesmo em sonhos, aquilo estava machucando como se fosse real. Acordei antes de chorar no sonho... mas eu ia.
Em todos os outros sonhos eu sempre consegui o que eu queria no final... Eu procurava e parecia que não ia encontrar, mas no fim eu sempre encontrava. Agora não.
E percebi que: Se não fosse o Orkut, eu não teria mais notícia nenhuma.

“Deitar a cabeça nos braços, apoiar os braços na janela aberta, vento entrando, remexendo nos cabelos, no rosto, jeito de lágrima querendo rolar.” (Caio Fernando Abreu)

Um comentário:

  1. Oh querida, algumas vezes a dor da espera em um sonho só aumenta a dor que já sentíamos.

    "O choro vem perto dos olhos para que a dor transborde e caia.
    O choro vem quase chorando, como a onda que toca na praia.
    Descem dos céus ordens augustas e o mar leva a onda para o centro.
    O choro foge sem vestígios, mas deixando náufragos dentro!"
    (Cecilia Meirelles)

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