terça-feira, 12 de outubro de 2010

Segunda-feira, 11 de outubro de 2010. (21:15)

Meu professor falando sobre Vanguardas... Cubismo, Dadaísmo, Futurismo...
A aula está interessante... Mas ele sempre tem que falar sobre o Romantismo. Sobre amores impossíveis, tragédias... Sempre tem que ler algum poema. E alguns me lembram trechos do Caio Fernando Abreu e trechos da Tati Bernardi. Anoto alguns na agenda... Escrevendo e lembrando do AP (amor platônico), tem coisas "tão nossas" em alguns poemas... Tem coisas "tão nossas" em trechos do Caio e em trechos da Tati.
Gosto quando o professor muda de assunto, quando deixamos o Romantismo de lado, quando vamos para outro assunto interessante que não machuca. Eu mergulho na aula quando falamos sobre Vanguardas, Semana de Arte Moderna, paro de pensar um pouco nas coisas vividas aqui na universidade, por um momento paro de sentir esse vazio que vive comigo há um tempo. Mas o professor insiste em sempre voltar para histórias de amor... E as histórias me fazem lembrar de coisas... Quando percebo, estou olhando para a porta... Lembrando das vezes que vi o AP passando pelo corredor. Desde que ele se foi eu nem presto mais atenção ao corredor. Mas essas histórias, essas histórias que o professor conta, me fazem olhar para o lugar por onde ele passava.
E no fundo eu tenho esperança de que a cena se repita, mesmo sabendo que é impossível. Que droga. O amor é uma droga. Eu só precisava vê-lo para ficar feliz... Mesmo que de longe. E eu acostumei com isso de vê-lo todos os dias... E já não posso... Daqui a pouco vou viajar, e como sempre encostar a cabeça na janela do ônibus, ouvindo música, vendo a paisagem passar, tentando não pensar nele e pensando nele, acompanhada por esse vazio que ele deixou.


"Seria apenas mais uma história, se não tivesse tocado a alma." (Caio Fernando Abreu)

-------------------------------------------------------
"- Então, olhei pro lado e vi. - O quê? - Meu reflexo. Numa dessas portas de vidro. Eu tava lá, toda encolhida, com uma cara infeliz que nem eu pensava que tinha. Nem sabia que sabia fazer tal expressão. (...) - E, essa é a parte totalmente piegas, simbólica e estranha: Caiu um pingo de chuva no meu rosto. Um só. E bem no caminho que as lágrimas fazem, sabe. Minha imaginação disparou. Já estava chegando à conclusão de que o frio que sentia não era externo porra nenhuma, e vem esse pingo celeste. Ser humano é uma praga, né, já comecei a pensar que é uma mensagem divina e blá blá blá. - E não é? - Não, é só uma coincidência ordinária. Já caíram vários pingos de chuva no meu rosto, e meu estado de espírito que determinou o significado. É coisa aleatória, que só tem significado pra mim. Talvez Deus tivesse mesmo usado um conta-gotas, mas o resto é comigo. Se eu estivesse num estado normal de felicidade, só teria pensado: “putz, vai chover”." (Por @helokenne. http://meninadobalaio.wordpress.com/ A Helô tem textos ótimos, tive que colocar esse pedacinho aqui...)

Nenhum comentário:

Postar um comentário