terça-feira, 13 de julho de 2010
No fim, nós sabemos bem quem será a única machucada da história...
E eu nem posso culpar ninguém. A única culpada sou eu.
Ter você por perto me ilude, e ilusões também fazem mal... Não te ter por perto, me mata (e eu acredito que isso faz mais mal). Mas fico esperando o dia em que acordarei e já não precisarei da sua presença. O dia em que você vai parar de ser como o ar que eu preciso pra respirar, como o Sol, como a chuva... (chuva... chuva me lembra ainda mais de você...) Esperando o dia em que você sairá da minha mente, o dia em que tudo não me faça lembrar você...
Hoje estava no carro, e começou uma chuva tão forte que eu podia ouvir o barulho das gotas no teto do carro... O mesmo barulho que ouvi das últimas vezes... (Você ainda lembra? Lembra do barulho da chuva? Lembra o quanto as horas voaram?)
Aquele barulhinho tão bom, soando como melodia para os meus ouvidos... A rua calma, o silêncio... Tudo tão igual... Só faltava você... – ou não, já que estava ali... presente em meu pensamento. (Mas acontece que, pensamento nunca é igual! Nada se compara a presença real... Cansei de só sonhar... quero um pouco mais realidade também. Queria você ali de verdade, como antes...). – Lembro triste, lembro feliz... Feliz porque foi bom... porque cada minuto valeu a pena... porque eu (quase) consegui.
Triste pela sua indiferença depois... Triste porque eu não sei se algum dia esses momentos se repetirão... Triste porque você se afasta (sempre!)...
Esperançosa porque você se afasta, mas até hoje sempre voltou. Mesmo que como amigo. Mas agora, agora eu já não sei... Diferente de antes, eu não sei quando voltarei a te ver... Eu não sei se voltarei a te ver... E quando as aulas começarem vai ser estranho não te ver por lá... Você já faz parte de lá... como se estivesse grudado nas paredes, nos corredores, como se você estivesse em cada pedacinho de lá...
E é isso: Tudo que eu preciso é te ter por perto. E isso é mais forte que eu.
"E tanto tempo terá passado, depois, que tudo se tornará cotidiano e a minha ausência não terá nenhuma importância."
"Serei apenas memória, alívio, enquanto agora sou uma planta carnívora exigindo a cada dia uma gota de sangue seu para manter-se viva."
(Caio Fernando de Abreu)
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