terça-feira, 22 de março de 2016

Amor falso.

Sabem aquele primeiro amor bobinho?
Passou. 
Sabe aquela primeira dorzinha que você achava o "fim do mundo"? 
O tempo passa e você descobre que tudo aquilo era fichinha.
Hoje eu vejo minha primeira historinha de amor com outros olhos. Sem drama, sem amor, sem dor.
Eu achava que aquilo era ruim. 
Porque eu não sabia a dor de cabeça que me traria o novo relacionamento. 

Tudo tão lindo no início...
Quem diria que ia acabar com ele levando a atual na minha porta? Eu jamais imaginei. 
Ele se desculpou escondido, mas olha... Tenho 25 anos e ainda não vi foi nada nessa vida. 
Eu que achei que tinha encontrado o amor da minha vida. Que podia não durar para sempre mas que sempre seria algo bom. Sempre esperei demais dele e projetei nele uma pessoa que ele não é. Infelizmente só descobri isso tarde.
Meu primeiro "amorzinho", foi aquele amorzinho puro. Já ele, foi aquele amor que também tinha uma paixão descontrolada. A coisa mais intensa que vivi na vida. 
Fiquei amarga, cheia de traumas e medos. 
Ele foi aquele furacão que revira tudo sem se importar. Eu me senti despedaçada porque sempre fui romântica e sempre confiei demais nas pessoas. E fiquei no meio daquele "tiroteio" onde ele fingia que não estava comigo e com ela, e ela me xingava por achar que eu me meti. (Só que eu já tinha uma história de 2 anos e 7 meses... Enquanto ela tinha acabado de surgir). Claro que eu não aceitei aquilo! Mulher só divide se não souber!
Fiquei r e v o l t a d a! Não porque chegou ao fim mas por tudo que eu tive que passar e ouvir. Quando você se envolve com alguém que não presta, a vida te mostra a verdade de maneira até cruel. 
Agora as coisas estão melhores.
Mas eu fui chamada de louca para baixo... E a mágoa e a tristeza que eu senti quando tudo aconteceu, ninguém faz ideia. 
Mas Deus, mesmo tardando, não falha! 
A vida às vezes brinca com a nossa cara. Temos que aprender que algumas pessoas não valem a pena. 
Temos que aprender que o fato de sermos honestos, transparentes e de termos caráter,
não quer dizer que o outro também seja/tenha.

Não devemos nos trancar porque algo deu errado, mas algumas pessoas nós devemos evitar sim! Gente ruim sempre acaba deixando alguma sequela. 
Quando ouço que serviu de aprendizagem, respondo que preferia não ter aprendido o quão baixo um ser humano pode chegar em beneficio próprio. 


(Ps: Alguns textos são fatos reais, outros não. Esse é!)

"O seu prêmio que não vale nada estou te entregando.
(...)
Você agora vai cuidar de um traidor... Me faça esse favor!
(...)

Iêêê... Infiel
Agora ela vai fazer o meu papel.
Daqui um tempo você vai se acostumar
E ai vai ser a ela quem vai enganar...
Você não vai mudar."

(Marília Mendonça)
Exagerada... Mas nunca mais jogada aos seus pés!

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Tempo de mudanças...

     Sumi do blog porque tinha parado de doer... (E é a dorzinha que nos faz escrever e escrever... Porque escrever é um jeito de colocar a dor para fora...)
Dia 06/01/2014, saí de Sergipe e vim morar em Brumado-BA...
Já devem imaginar? Agora sofro de "distâncias"...  e morro de saudade.

     Não é fácil chegar em um lugar novo sem conhecer ninguém...
Meus pais estão comigo... mas meu cachorro ficou,  minha família ficou, meus amigos ficaram...
     Fiquei pensando... Eu não gosto mais do meu primeiro amor (o da maioria das histórias do blog), mas é estranho ir para tão longe... deixar de vê-lo... são anos e anos...

     E o meu amor novo (que já não é tão novo assim..)? Ficou também... E eu sinto uma falta enorme... Uma "saudadona".
Mas nunca daria certo, ele quer todas. E eu sou mulher de um homem só.
     Podia ter ficado lá por ele, mas ele não vale a pena. Analisei tudo que vivemos em 2013 e percebi que eu nunca fui primeiro plano... Mas foi um amor daqueles... cheio de paixão e intenso... Foi...
     Fui muito feliz. Vi como era ganhar muito carinho... Mas ele esfriou... Acho que a paixão acabou do lado de lá... E não fazia mais sentido ficar em SE por ele. 

A distância deixa tudo mais complicado. Vi a mudança como uma forma de fugir... de esquecer... Não adianta insistir no que não tem jeito. Alguém que hoje me quer, amanhã não sabe o quer e depois de amanhã me quer de novo... não é o melhor para mim.
     "Se não brilha mais, não insista. Lâmpada queimada não se arruma. Se troca por outra." (Caio F Abreu)
Quero alguém que me queira todos os dias!
Algumas coisas ruins fizeram parte dessa história, mas o saldo positivo foi maior.
     Enquanto meu primeiro amor falava que eu precisava engordar, que eu era magrela demais e me deixava para baixo, ele me aceitava como sou. Fez um bem enorme. Foi muito mais intenso. Comecei a me amar mais depois que ele chegou na minha vida. 

     Aprendi que não posso sofrer. Que as coisas são como têm que ser. "O que for pra ser, será."
Faço a minha parte todos os dias... Mas algumas coisas não dependem das nossas vontades.
     Ainda sonho em encontrar um amor bem bonito. Alguém que me ame de verdade. Todos os dias.


Café e amor: depois que esfriam, já era.

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terça-feira, 28 de maio de 2013

Porque todo fim é um novo começo...

          O amor virou folha seca... e eu guardei a folha (mesmo pisada). Tinha esperança de que um amor que foi tão forte e bonito (apesar de dolorido), tivesse um final melhor.
Mas não tem amor que resista quando só um lado quer.
          Ele nunca me achou boa o suficiente para ele, até me convenceu que era bom demais para mim. Mas me procurava toda vez que estava carente, porque não conseguia ninguém. Tão bom e não conseguia ninguém que aguentasse tudo que eu aguentei durante os 5 anos de paixão/amor...
          Eu estava ali quando ele estava triste, quando estava feliz, quando os pais dele se separam... Eu era a única que nunca esquecia o dia do aniversário... 
Apesar de tudo que ele fazia, de todo o descaso, eu continuava ali. Sempre ali. Sabem o filme/o livro Um Dia? Lembra a gente... Uma coisa sem fim... (A diferença é que o Dex tinha várias mulheres...) Ele me enrola, some, volta querendo me ver... 
Some porque vai procurar alguém melhor que eu, ele sonha com a gostosa perfeita e eu sou magrela... (Até já disse que não namorava comigo porque eu precisava engordar) Mas não encontra ninguém. E volta. Sempre volta.
        Amei muito e não amo mais. Achei que amor não tinha fim... Que não era possível algo tão forte acabar... Mas quando chego perto, não sinto mais meu coração acelerar, não sinto mais a felicidade que eu sentia... não sinto mais nada. (Talvez eu tenha sido contaminada com a frieza dele...)
Ele conseguiu matar o meu amor. Demorou mas conseguiu. Mesmo sem gostar mais, eu achava que nunca mais ia conseguir gostar de ninguém. Até que alguém apareceu... e eu cheia de nóia fugindo. Porque eu nunca mais ia gostar de ninguém. Porque eu não queria me sentir um lixo nunca mais. E o meu primeiro amor fez com que eu me sentisse um lixo... acreditei que não era boa o suficiente para ninguém. 
        Ai alguém chegou... e insistiu em mim... E tentou me mostrar que eu podia me jogar... E todo dia tenta mostrar que sou melhor do que o que eu penso. E me chama de “linda”, e não se importa com o meu corpo... e não é frio... E me mostrou um outro lado da paixão que eu não conhecia... Mostrou como tudo é mais bonito quando os dois querem. 
       Talvez não dure muito, talvez logo ele enjoe de mim, talvez eu sofra, talvez não... Mas ele levantou minha autoestima (que foi abalada pelo outro). Deixei de lado as paranoias criadas pelo meu primeiro amor e encontrei um “amor” (muito cedo para usar a palavra amor) que faz bem, um amor saudável, um amor divertido, cheio de risadas, carinho, aventuras... Um amor que não é perfeito e que também não cobra perfeição. Alguém que me aceita do jeito que sou, que não me testa o tempo todo... Que eu já conhecia e não lembrava. (Quando ele foi salvar meu número, apareceu meu nome no celular. Já tinha. Nos conhecemos e não ficamos, mas ele pediu meu número e eu dei. Não atendi quando ligou. Cada um seguiu seu caminho e sem lembrar um do outro, acabamos de novo no mesmo lugar.)  E espero que nosso reencontro não seja por acaso.
      Dizem que todo amor dói, talvez seja verdade. Mas amor não correspondido ou correspondido de forma fria, não vale a pena. Se é para sofrer, que seja por alguém que mereça e que também goste de você.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

O amor virou folha seca.

Escrevi: O amor virou folha seca.
E um conhecido completou escrevendo: "e alguém pisou e achou bacana o barulho do estalar."


E foi isso que aconteceu com todo o amor que eu sentia... Resta a folha seca, quebrada...

A folha é a prova, vestígio de um amor que foi bonito e intenso... mas que não foi regado. Foi pisado/pisoteado... e muito.
Mas só nos conformamos quando tentamos de todas as maneiras salvar o amor. Até lá, fazemos de quase tudo para recuperar o verde da folha... Ou para ao menos guardar a folha seca inteira (afinal, mesmo seca a folha continua com sua beleza... talvez fique até mais bonita... mas precisa de cuidado... ou quebra fácil).
Não adianta regar folha seca que caiu... Uma vez no chão, não tem solução. Só resta guardá-la com carinho para tentar preservar as lembranças boas... Mas algumas pessoas parecem não se importar, ou como disse esse conhecido, talvez gostem do barulho da folha quebrando... talvez prefiram lembranças ruins/despedaçadas... E não param para pensar na outra pessoa... Por que não deixar a folha inteira? Já secou mesmo. Por que depois de matar algo tão bonito, ainda precisam pisar&pisar&pisar na folha? Pobre folha. Pobre amor.


"Linus vê uma folha caindo de uma árvore. Para diante dela no chão e diz: você não será feliz aqui…" (Peanuts)
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"Fica procurando mudas de Amor-Perfeito e não lembra que no deserto as flores não germinam. Só os cactos... (...)
Você não dá valor ao que tem, só às coisas idiotas que te dão vontade. E mesmo quando consegue, não interrompe as buscas. (...)
Talvez a gente consiga remendar alguma coisa..." (Gabito Nunes)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O amor...
Depois o silêncio,
a espera angustiante,
a dor...

O horizonte,
o céu, o vazio...
O riso distante.

A vida que continua...
A noite que chega trazendo
a vontade de ser só tua...

Amanhece,
os passarinhos cantam...
E a lembrança permanece.

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"And I'm waiting for you..." (U2)

'Você está saindo da minha vida...'

Você nunca entendeu meu jeito de te amar. O jeito como eu largava tudo só para te encontrar, o jeito como eu te olhava... Nunca entendeu por que eu amava tanto o seu sorriso, os seus olhos, o seu jeito de levar as mãos até o queixo... Nunca entendeu. Eu te amei mesmo quando não tinha motivos pra isso. Mesmo quando você fazia ou falava algo que me magoava... E quando você me esnobou, achando que eu era pouco demais para você, ainda assim eu te amei. Te amei quando os outros só viam defeitos em você. Amei até alguns dos seus defeitos. Eu te amei quando você esqueceu de responder mensagens. E amei ainda mais quando você mandou. Eu te amei quando estávamos perto... E quando estávamos longe também.
Eu te amei quando você ficou distante. E amei mais cada vez que você abria um sorriso para mim. Eu te amei enquanto a gente brigava. E amei mais quando você me abraçava.
Eu te amei quando você me fez rir com suas histórias bobas. Eu te amei quando você compartilhou suas histórias de vida comigo. E amei mais poder fazer parte de algumas novas histórias. Eu te amei quando você me fez chorar... E amei mais quando você me convidou pra ir ao cinema... (foi um convite tão esperado). Eu te amei quando você não me convidou. Eu te amei nas festas (mesmo quando você não estava). Eu te amei no Natal... E te amei no Ano Novo que a gente passou separado (e esse ano foi o primeiro ano desde que te conheci que não te liguei meia noite para desejar um feliz Ano novo e para desejar que a gente passasse o novo ano todo bem próximos...) Eu te amei nos almoços em família... Eu te amei quando ficamos até tarde na rua. E te amei toda vez que saí sem você por que você estava ocupado demais para mim. Eu te amei quando você simplesmente me ignorou. Eu te amei quando não saí de casa só para ficar na internet conversando com você. E amei as vezes que você pediu que eu ficasse mais um pouco. Amei quando você não me deixou dormir. E te amei mesmo quando você parou de falar comigo. Eu te amei quando passei dias esperando que você falasse comigo de novo (como antes)... E amei mais quando você voltou pedindo desculpas por ter se afastado. Eu te amei quando você não me deu esperanças. E te amei quando você me deu falsas esperanças. E amei mesmo quando você disse para não ter esperanças. Eu te amei quando cometemos loucuras... Eu te amei quando todos disseram que você não me merecia. Eu te amei quando você me disse que não me amava... Eu te amei mesmo sabendo que nada nunca mudaria... mesmo sabendo que te amar era perda de tempo. Eu te amei mesmo quando você foi frio e grosso. E te amei mais quando no almoço na sua casa (com seus pais presentes) você ia colocar o macarrão no prato que estava de cabeça para baixo... (sei que foi de nervoso. ^^). Eu te amei quando você disse que sempre que ouvia as músicas que estavam tocando no carro (na nossa primeira ida ao cinema), lembrava de mim. Eu te amei quando você se ofereceu para repetir... Eu te amei quando você disse que ia me ver na universidade e não apareceu. E amei mais quando apareceu. Eu te amei quando você não me desejou parabéns... E amei mais quando desejou (mesmo que atrasado). Eu te amei mesmo quando você tentou matar o meu amor. Eu te amei quando acabei aparecendo no meio da sua aula de surpresa e você me recebeu feliz. Eu te amei enquanto esperávamos a chuva passar na universidade... Eu te amei quando você passou por mim e não falou... E amei mais quando falou. Eu te amei quando você estava com pressa demais e logo queria ir embora... E amei mais quando você não queria ir embora. Eu te amei quando você se sentia só e triste... E te amei quando estava feliz e rodeado de amigos. Eu te amei quando te fiz tirar foto sorrindo... E te amei quando colocou o braço em volta de mim. Eu te amei mesmo quando você quis me ver e eu disse 'não'. Eu disse que não porque sei que você não queria me ver. Só se ofereceu porque sabia que eu estava magoada e triste com as coisas que você andou falando... E você queria que as coisas acabassem bem (sem mágoas) para depois repetir tudo e voltar a ignorar a minha existência. Eu também queria que acabasse bem... Não fui porque sei que eu ia desculpar, e ia ter beijo e eu ia querer repetir... querer mais e mais... E essa história já não é bonita... É dolorida. E, ou eu pulo fora agora ou continuo arrastando uma situação sem futuro. Não posso mais deixar de viver o presente (esperando por um futuro que não existe) pq ainda estou presa ao passado... É hora de recomeçar. Eu te amei apesar de tudo.
(Baseado em um texto que li...)

"Sinto falta de algo
Sinto falta de alguém
Sinto falta de você..."
Mas o você que eu sinto falta,
não existe mais.
(Talvez nunca tenha existido)



"Fico só querendo te dizer de como eu te esperava quando a gente marcava qualquer coisa, de como eu olhava o relógio e andava de lá pra cá sem pensar definidamente em nada, mas não, não é isso, eu ainda queria chegar mais perto daquilo que está lá no centro e que um dia destes eu descobri existindo, porque eu nem supunha que existisse, acho que foi o fato de você partir que me fez descobrir tantas coisas..."
(Caio Fernando Abreu)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

"De todos os abraços, o que eu nunca esqueci."

Acho que todo mundo tem um amor diferente/inesquecível...
Acredito que podemos amar mais de uma vez, mas UM vai marcar mais. Aquele ‘um’ que saiu da nossa vida mas ficou no coração, guardado na memória... Aquele ‘um’ que nem o poderoso tempo apaga. Aquele ‘um’ que por mais que os anos passem, ainda te arranca sorrisos, talvez suspiros (e talvez até lágrimas)... Aquele ‘um’ que se você reencontrar, ainda treme como antigamente.
Por mais que apareça um amor novo e você pare de suspirar por aquele ‘um’, ele sempre ficará guardadinho em um canto especial do coração e da mente. Aquele que mesmo que você não queira mais, não pense mais, vai ser sempre ‘aquele um’ que despertou em você o sentimento mais forte e bonito.


Quando gostamos muito de alguém e mesmo assim a pessoa sai das nossas vidas (sem motivos), olhamos para a história como se ela fosse um texto sem ponto final. E queremos colocar um ponto ali... (Mas às vezes colocamos três pontos e também vira uma história sem fim.)

"E só eu sei o quanto doeu ver a melhor coisa do mundo indo embora." (Tati Bernardi)

"Há sempre uma pessoa na sua vida, a qual, não importa o que ela faça com você, você apenas não pode deixá-la ir."

sábado, 2 de abril de 2011

Desapego.


Hoje eu tive a certeza de que é hora de deixar algumas coisas para trás... Parece fácil, mas não é! São 2 da manhã, e eu estou sentada no chão da sala, atrás do sofá (no escuro para não acordar ninguém) aproveitando a luz que entra da rua pelos vidros. Tudo porque eu precisava escrever! Eu não ia conseguir dormir com tantos pensamentos invadindo a mente... É tão difícil desistir daquilo que se ama... Ainda mais depois de lutar tanto... Mas sabe quando você percebe que chegou a hora de soltar o balão e deixá-lo ir?

Não escrevi sobre as “novas aventuras”... Não contei que pude matar a saudade duas vezes esse ano... Nem contei de todas as vezes que o vi... Não contei nada sobre o almoço um dia depois do Projeto Verão... (Eu esperava bem mais dessa visita, mas mal olhamos pra cara um do outro).

Dia 19/01 e dia 15/03 eu senti de novo aquela velha alegria... aquela sensação de estar viva... de que tudo é possível... Mas no outro dia a realidade sempre bate em minha porta... Até quando seria assim? Um dia feliz, 29 ou 30 dias esperando... sem sequer um ‘oi’...
E eu percebi que nada nunca mais foi igual desde o final de Agosto. Que não adianta tentar... Que eu não consigo mais fazer tudo voltar... Que eu nunca mais vou ouvir “Foi o melhor beijo que eu já dei... =]” nem “Toda vez que escuto as músicas que estavam tocando no carro aquele dia, lembro de você...” Nem vou conseguir fazer com que ele volte a falar comigo todo dia (mesmo que como amigo)... Nem fazer com que ele volte a me mandar mensagens do nada (mesmo que fosse só “:)” ou “Ainda sem net?, mostrando que percebeu o meu ‘sumiço’...) Não dá pra voltar no tempo... E eu morro de medo de tentar me reaproximar... Porque eu morro de medo de incomodá-lo... Porque eu morro de medo do que ele vai pensar...

Dia 15 de março foi a última vez que o vi (e a última vez que conversamos)... Saímos, ficamos... Tinha música ao vivo no shopping... E quando chegamos estava tocando bem o pedaço “Amor eu sinto a sua falta e a falta é a morte da esperança”... A noite acabou com a gente ouvindo U2 (e a música Perfect – Smashing Pumpinks)... Eu com a cabeça encostada no ombro dele... E ele, (por um milagre) com o braço em volta de mim. Foi tão bom. Depois ele tirou... Parece ter medo... Ele se deixa levar mas depois é como se achasse errado... Diz ele que tem medo de me machucar.
[Se for para contar todos os detalhes desse dia, não vai ser um texto... Vai ser um livro. Hehehe] Minha prima disse que eu deveria escrever um livro com toda a história... Para lembrar e rir no futuro. Eu já conto bastante aqui... Mas confesso que tem muita situação engraçada que eu não contei. Eu disse para ela que não é uma boa idéia. Seriam provas dos meus crimes. ahsuahsuahsua...

E eu achei que era pra ser... Depois de tanta coisa do destino... Pensei: “Quando a faculdade acabar, nunca mais vou vê-lo.” E aí a mãe dele acaba entrando na minha vida. Ela é uma ponte. Eu só voltei a vê-lo depois que a faculdade acabou, por causa dela. (Ela é muito legal. E desde que me conheceu está presente em todos os momentos da minha vida. Estava na minha formatura... Liga...) Eu nunca imaginei que ia conhecê-la.

Mas agora eu já não sei... É sempre “quase” (desde 2008). Eu quase consigo, mas nunca consigo! Tudo que eu posso fazer agora é tentar não vê-lo mais... Parar de acreditar que talvez um dia o amor falasse mais alto. Eu já falei outras vezes que ia desistir... Que não ia mais me importar com a indiferença dele... Mas sempre acabava “voltando”. Porque eu achava que toda vez que a vida o colocava de volta no meu caminho, era um sinal do destino... Era “um sinal” de que um dia daria certo.

Soltarei o balão... Vou parar de lutar em vão. Se for pra ser, o vento trará o balão de volta. (A diferença é que agora eu vou parar de esperar a volta do balão e não vou fazer nada pra ele voltar...). Mesmo que demore, mesmo que o balão vá para longe... Se for pra ser, ele vai parar aqui de novo... No mesmo lugar.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011


É só com ele que imagino comer pizza no sábado e tomar chocolate quente ou vinho em uma noite fria e chuvosa... (pensei nisso depois de ler um texto da Carol Oliveira).

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Devaneios


Tinha uma necessidade de escrever sobre as coisas. Escrever, mesmo que textos ruins, acalmava o coração. Precisava dividir os medos, os devaneios (tomada pelas lembranças, sonhos, quimera, fantasias, imagens)...
Nunca conseguia dormir cedo. Às vezes, sentia sono, mas ao deitar, as lembranças invadiam a mente, e o sono ia embora. Lembrava dos momentos bons e sorria sozinha... Mas logo lembrava de coisas duras que ouviu, e lembrava que os momentos bons não se repetiriam... e chorava.
Doia perceber que o amor não era suficiente... Que precisava esquecer, deixar o passado no passado.
Era difícil... Lia sobre romances e acreditava que talvez "fosse pra ser", então insistia. Na esperança de acabar com o medo que ele tinha do amor. E com medo de deixar a chance de viver aquele amor, passar.
Por outro lado, tinha medo de nunca conseguir e só perder tempo ("perder vida numa causa perdida"). Mas não era fácil se afastar... Precisava respirar o mesmo ar que ele para viver, para sorrir...
Dedicou quase 3 anos da sua vida... E quase conseguiu. Esse 'quase' doia sem remédio.
Derramava lágrimas que não podia conter, sempre que lembrava das palavras duras dele, sempre que sentia saudades, sempre que pensava na possibilidade de não voltar a vê-lo nunca mais.
O dia quase amanhacendo... O silêncio... Então conseguia adormecer... Mas ele estava presente nos sonhos, e quando alguém a observava dormir (ou estava por perto), podia ouvi-la, em algumas noites sussurrar dormindo, o nome dele.
Só conseguia acordar meio dia... E quando acordava, queria voltar a dormir. Estava cansada da realidade.


1. Quimera = Sonho fantástico, fantasias, desejos difíceis de se alcançar
2. Quimera = Mitol.] Na mitologia grega quimera era um monstro fabulo- so representado como um leão com cabeça de cabra, cuja cauda é uma serpente.


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"Foram tantas brincadeiras, tantas conversas, tantas risadas e olhe agora. Nem conversamos mais." (Caio Fernando Abreu)

"Vem, que tomaremos banho na chuva, desafiaremos o vento e venceremos o tempo."

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Duas vidas que cursaram juntas uma parte de suas histórias...

É isso que nós somos hoje.


Cursamos juntos parte das nossas histórias, agora cada um está indo para um lado...
A faculdade acabou, os encontros serão quase impossíveis...
Tudo que fica são as lembranças.
E podem ter certeza que isso ninguém apaga nunca.

Esse texto da Tati Bernardi fala sobre esses "encontros" e "desencontros":

"Em algum momento, em vários deles ou definitivamente, as pessoas sempre vão embora. Talvez essa seja a pior coisa do mundo.
Ele vai embora, sempre (...). Odeio a sua ansiedade curiosa pelo que vem depois. Que se dane o depois, eu sou agora, ou pelo menos era.

Ele vai embora, sempre, quando o parágrafo passa de três linhas, o pensamento dele ultrapassa meus olhos, o som se perde da minha boca para qualquer outro canto do mundo que não tenha seus ouvidos e ele olha fixamente para qualquer outra coisa que não seja a minha existência. Sempre a mesma cara de tédio e de busca pelo resto que não se repete ou não se prolonga. Ele sempre vai embora quando eu queria que ele se perdesse um pouco, rasgasse a agenda, lançasse o celular no rio, desligasse todos os toques, luzes e sinais de que há todo o resto. Esquecesse do sono, do livro (...). Ele sempre vai embora do meu mundo (...).

Ele sempre vai embora antes da gente ser alguma coisa juntos. Vivo com essa sensação de abandono, de falta, de pouco, de metade. Mas nada disso é novidade. (...) Eu não sei deixar ninguém partir, eu não sei escolher, excluir, deletar. São as pessoas que resolvem me deixar, melhor assim, adoro não ser responsável por absolutamente nada, odeio o peso que uma despedida eterna causa em mim. Nada é eterno, não quero brincar de Deus.

(...) Foi embora a segunda porque ficou tarde, foi embora a terceira porque teve medo de ficar pra sempre, (...) Foi embora pra sempre, mas pra sempre pode durar duas horas, (dois dias/dois meses) dois anos ou duas encarnações. (...)

(...) Sempre ia embora na espera de que existisse algo melhor do que eu, mas não ia definitivamente porque não é todo dia que aparece alguém melhor do que eu. (...) Mas a última vez que ele foi embora, antes me deu um abraço de quem nunca saiu do mesmo lugar. O abraço e o seu olhar de quem nunca sabe direito porque vai embora ficaram pra sempre comigo.
(...)

Todo mundo chega na sua vida. Em algum momento, em vários deles ou definitivamente, as pessoas sempre chegam. Talvez essa seja a melhor coisa do mundo. Como naquele texto que não lembro, daquela pessoa que não lembro (...). No final a gente acaba mesmo numa esquina qualquer, lembrando de alguém que um dia chegou e depois foi embora..."

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Natal


2010 passou voando... O Natal está aí...
Gosto dessa Magia do Natal... Das luzes, do "acreditar no impossível" (da esperança que surge com força nesse dia), da reunião com toda família...
Só o Natal e os velórios conseguem reunir todos... E é muito melhor estar reunido com alegria.

Já passei da fase de escrever cartas para o Papei Noel... Mas vai aqui uma listinha de coisas que eu gostaria para 2011.

- Mais pessoas felizes;
- Mais sonhos realizados;
- Mais saúde;
- Mais finais felizes;
- Mais paz e mais amor.
(para todos!)

"Se Deus quiser, no próximo Natal estaremos todos juntos outra vez, felizes e amigos." (Caio Fernando Abreu)

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O recado de feliz natal que minha mãe me enviou: "(...) que Papai Noel leve pra você aquilo que você mais deseja..." (ela sabe o que eu quero).

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Palavras de outros, minha história.



"Preciso começar a ser completa em tudo o que faço, preciso parar de achar
defeito em todos os caras que olham para mim só porque ele não é você. (...)
É que sempre que penso em ser feliz, você me vem à cabeça.”


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“Amor que a gente não resolve direito vira fantasma, nem vivo, nem morto, não fica nem vai, assombra a gente pelo resto da vida!”

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“É difícil esperar por algo que sabes que talvez nunca aconteça. Mas é ainda mais difícil desistir de uma coisa quando isso é justamente tudo o que queres.”

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"Penso às vezes que quando estiver pronto, um dia qualquer, um dia igual a hoje, vou encontrar você claro e calmo sentado no Bar, à minha espera." (Caio Fernando Abreu)

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"E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é difícil porque o sentimento fica. (...)
E que no momento certo se reencontrem e que nada, nada seja por acaso." (Tati Bernardi)

sábado, 27 de novembro de 2010

Perdas e danos.

Ela olhava pensativa para fora, durante boa parte da viagem o único barulho que se ouvia era o do motor do ônibus... Então alguém quebra o silêncio.
- Você ainda gosta dele...
- Por que você está falando isso? (parou de olhar pela janela por um instante e olhou para o amigo)
- Você precisa ver sua cara olhando para fora do ônibus... Aí você entenderia.
- Hum... É que a Lua está tão linda hoje.
(silêncio)
- Você é tão frágil.
- Eu?
- É... Fica triste fácil. Seu sorriso não é mais o mesmo e a sua felicidade é triste. Precisa de um namorado. Você precisa de alguém, alguém que te faça esquecer...
- As pessoas podem ser felizes solteiras.
- Mas é diferente.... Quando se tem alguém, tudo melhora. Veja você, compare o jeito que você chegava aqui quando o encontrava e o jeito que você chega hoje. Todos percebem... Você sente falta dele.
- Eu já entendi que acabou e...
- A razão diz que acabou mas o seu coração ainda quer.
(silêncio longo)
- Você costuma seguir a razão ou o coração?
- A razão. E você?
- Já segui os dois...
- E "quebrou a cara".
- Nem o coração nem a razão resolveram nada.
- Mas o que te faz sentir melhor?
- O coração. A razão acaba com a graça da vida.
- Eu só consigo seguir a razão... Acho que sou medroso. Tenho medo de seguir o coração e me decepcionar.
- E não tem medo de seguir a razão e de deixar o coração sufocado e dolorido para sempre?
- Melhor dolorido que quebrado.
- Faz sentido....

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♫ En esta noche de estrellas inmóviles, tu corazón es alérgico a mi... (...) Voy caminando en tormentas electricas, buscando algún territorio neutral, donde no escuche de ti, donde aprenda a olvidar. A no morir y a no vivir tan fuera de lugar. Ya no curare tu soledad cuando duerma la ciudad, no estaré para oír tus historias tontas No por que tienes miedo de sentir, porque eres alérgico a soñar Y perdimos color... Por que eres alérgico al amor...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Um Novembro não tão doce.


E pela primeira vez (desde o dia 19 de maio de 2008), vou passar o mês de Novembro inteiro sem vê-lo... Logo Novembro? Se fosse Agosto eu até entenderia... Mas Novembro... Novembro sempre foi tão doce... Já passei 1 mês e 14 dias sem vê-lo mas nunca houve um mês no qual eu não o encontrasse ao menos uma vez.

Os Novembros não são mais os mesmos. Doces Novembros, agora não tão doce.

Eu até tinha como "salvar" o meu Novembro... Era só ter ido em busca do que me faz feliz. Mas eu também podia acabar mudando de um Novembro não tão doce para um Novembro Amargo. Preferi ficar quieta, deixar tudo como está... Mesmo sabendo que aquela era "a última chance"...
Férias chegando, não se pode voltar atrás... Na verdade, talvez ainda exista outra chance (dia 30), mas aí já não se tem certeza. Joguei para o alto todas as tentativas desses quase 3 anos e não fui. Não fui, e era o último dia que eu tinha certeza de onde encontrar.
Foi difícil não ir, deixar tudo acabar assim, mas talvez seja a hora.

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"Quando algo que você goste acabar, ou simplesmente ir embora, lembre-se que as folhas do outono não caem porque querem e sim porque é chegada a hora".

"Não, não ofereço perigo algum: sou quieta como folha de outono esquecida entre as páginas de um livro." (Caio Fernando Abreu)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Dizem que o tempo é o melhor remédio...


Eu realmente espero que seja... Mas enquanto o tempo não passa, esses trechos do Caio Fernando Abreu falam por mim:

"Gosto quando a cabeça para o maior tempo possível, caso contrário enche-se de temores, suspeitas, desejos, memórias e todas essas inutilidades..."

"Mais do que querer você de volta, eu ME quero de volta, quero a felicidade nos meus olhos mirados em você. Eu quero a gente, eu quero tudo de novo, eu quero as coisas antigas, as primeiras, TODAS ! Me devolve seu sorriso ? Parece que eu não te faço mais sorrir, assim eu desespero mesmo."

domingo, 7 de novembro de 2010

"Não adianta, no momento que as pessoas se afastam, elas estão irremediavelmente perdidas uma da outra."


Sempre que nos afastamos, os sonhos aumentam. Como eu já disse, talvez seja uma maneira de ter por perto, mesmo longe.
Mas o sonho de ontem foi diferente...
Antes de dormir, li uns trechos de Caio Fernando Abreu, e o último que li foi:
"Que te dizer? Que te amo, que te esperarei um dia numa rodoviária, num aeroporto, que te acredito, que consegues mexer dentro de mim? É tão pouco.”
E sonhei com isso...
Sonho: Passei a noite inteira em um aeroporto esperando... Fiquei sabendo que ele ia chegar de viagem e corri para o aeroporto para esperá-lo. Esperei, esperei... Passei a noite toda no aeroporto (e acho que esse sonho ocupou a noite inteira de verdade... foi longo e só lembro de ter sonhado com isso), era tão real. Procurei informações sobre os horários dos vôos, fiquei na fila um tempão pra conseguir alguma informação... Todo avião que chegava eu tinha esperança de que ele fosse descer, e nada. Quando cheguei ao aeroporto era dia... Quando saí de lá já era noite. E nada. Ele não chegou. Nem em sonhos ele chegou...
O sonho era tão real que eu sentia. Lembro de como desci as escadas, sentindo que foi tudo uma perda de tempo. Sentindo uma tristeza tão sem remédio... E aí era dia e eu acordei. Foi bom ter acordado assim que a ficha caiu, porque mesmo em sonhos, aquilo estava machucando como se fosse real. Acordei antes de chorar no sonho... mas eu ia.
Em todos os outros sonhos eu sempre consegui o que eu queria no final... Eu procurava e parecia que não ia encontrar, mas no fim eu sempre encontrava. Agora não.
E percebi que: Se não fosse o Orkut, eu não teria mais notícia nenhuma.

“Deitar a cabeça nos braços, apoiar os braços na janela aberta, vento entrando, remexendo nos cabelos, no rosto, jeito de lágrima querendo rolar.” (Caio Fernando Abreu)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Chuva


No ônibus...
Madrugada, chuva forte, relampagos tão fortes que mesmo quem fechou as cortinas e não estava olhando a paisagem podia ver a claridade que entrava pelos vidros das janelas vizinhas.
Não tinha ninguém sentado na poltrona ao lado da minha, e eu desejei que ele estivesse ali... Mas sabia que isso não era possível.
Fazia um friozinho, todos dormiam... Coloquei os pés em cima da poltrona e continuei olhando a paisagem e lembrando de coisas bobas que aconteceram durante esses quase 3 anos... Lembrei também de quantas vezes ouvi "não posso", "vou ver"... Lembrei da cena de terça... A ficha caiu aquele dia. Eu nunca vou ser suficiente para ele. O amor que eu sinto só atrapalha porque ele tem medo. Medo de me dar esperanças, medo de que esse amor cresça. E então ele foge. É sempre assim... Quando tudo começa a "se acertar" ele se afasta.
Tudo que eu queria era ele por perto de vez em quando. Não precisava ser sempre. Mas acontece que, eu nunca sei se vai se repetir.
Acabei adormecendo e acordei quando o ônibus parou em um estacionamento de um posto no meio da BR. O lugar era mal iluminado, várias carretas e caminhões parados. A pouca luz entrava pela janela, e era possível ver as gotas de chuva escorrendo pela janela. Tinha uma poça de água que entregava o quão forte a chuva estava. Olhei para os lados e todos dormiam... Lá fora tudo parado... Até que apareceram dois homens empurrando uma caixa d'água e colocando-a em cima de um caminhão. É aí que você percebe que o mundo não para de madrugada, nem com chuva e raios. Os homens sairam e continuei a observar a poça e a àgua escorrendo pelo vidro.
A luz escondia um pouco o clarão dos relâmpagos... Na BR sem luz nenhuma, eles pareciam bem mais fortes. Continuamos a viagem.... Enquanto eu via a chuva, a paisagem, os relâmpagos, o rio... eu pensava nele. E a cena de terça ficava passando e repassando em minha mente. E eu sabia que eu tinha que parar de insistir em uma causa perdida. "Game Over". E isso dói. "Dói controlar o pensamento, dói abafar o sentimento, além de ser doloroso parece pobre, triste e sem sentido".
Tenho que deixar o passado no passado. Acontece que "ainda não passou". E eu sei que nunca vou sentir isso de novo. Fico me perguntando o que fazer... Será que eu consigo controlar? Tenho que conseguir. Além de todo esse cenário que já traz lembranças, saudades e dor, a viagem tinha até trilha sonora: 'Pra você guardei o amor', 'N' (Nando Reia), Por enquanto (Cássia Eller), Avassaladoras (Paulo Ricardo), Não faça assim (Kid Abelha), Ilusion (Julieta Venegas e Marisa Monte), Stop Crying Your heart out (Oasis), Porque eu sei que é amor (Titãs), Segredos (Frejat), Incondicionalmente, Nunca disse Adeus (Capital Inicial), Sozinho (Caetano Veloso)...

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"Não me arrependo de nada. Mas vezenquando passa pela cabeça um "ah, podia ter sido diferente!"" (Caio Fernando Abreu)

"(...)repetindo, repetindo, repetindo, como num disco riscado ... o velho texto batido."


"E você diz que tudo terminou, mas qualquer um pode ver... que só terminou pra você." (Renato Russo)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

"Essa morte constante das coisas é o que mais dói..."


Quando a saudade aperta demais, você começa a sonhar com a pessoa todas as noites... Talvez uma maneira de tê-la por perto, mas isso só aumenta a vontade de transformar o sonho em realidade, de esquecer tudo e tentar mais uma vez. Mesmo sabendo que pode não dar certo. Aprendi que, quem fica parado não perde mas também não ganha. E por isso me arrisco.

Apostei todas as minhas fichas em um único amor. Já gostei de outras pessoas... Mas amar, amar mesmo, só uma vez.
E não consigo me interessar por mais nada, nem por ninguém...
Minha amiga vive me ofertando o irmão: "Esqueça esse "UREIA" que não te quer e vire minha cunhada (ou, só fique com meu irmão). Ele cozinha, lava a louça, é bonitão, já começou a te ensinar a tocar violão, vai te dar atenção (diferente do "ureia") e ainda ESTÁ AFIM. Aproveite!"

Nessas horas eu tenho ainda mais certeza: "Amor é falta de QI".

Eu simplesmente não consigo! Não consigo me envolver com ninguém... Pode aparecer a pessoas mais perfeita (como parece ser o irmão da minha amiga), eu vou continuar preferindo o "imperfeito". Isso não era um problema, já que, ele apesar de não mostrar interesse, satisfazia alguns dos meus caprichos e ficou comigo 9 vezes.

Acontece que, nessa última vez, a ficha caiu.
Percebi que sou eu quem procura sempre, quem sente falta... (Tá, ele me beija primeiro quando a gente se encontra, mas nunca faz por onde a gente se encontrar). E só fica porque sabe o quanto eu quero.

Ficamos antes da aula (rapidinho... uns 20 minutos), depois ele teve que ir pra sala... Sentei em uma das mesas do mini-shopping com um amigo de mesmo nome que o dele, e justamente daquela mesa eu podia ver o coredor do bloco B... E pude vê-lo passar pelo corredor, subir as escadas (através dos vidros) e andar até a porta da sala para espiar quem estava lá. Nessa hora me senti de volta a lanchonete do campus I... De volta ao "observar de longe"... Eu o observava sempre (até ele mudar de campus). Era como se tivesse um ímã... que puxava minha atenção. Eu até cheguei a sorrir lembrando...

Na saída, nos falamos... E ele disse que ia pra academia... Consegui um beijinho... E aí ele parou dizendo que já ia... Eu tentando mantê-lo mais tempo ali dei outro beijo e não ia parar mais... (hehe) Mas ele falou "Tá bom" entre o beijo... Parei. Fiquei calada olhando para baixo. Minha ficha estava caindo. Ia ser pra sempre assim. Eu sempre com sede de mais, e ele sempre "fugindo" sem suprir. (Da última vez ele parecia tãão afim...) Ele é muito inconstante, um dia parece gostar de estar ali... Outro, parece que está me fazendo um favor. Peguei minha bolsa, dei tchau e saí. Saí sem olhar para trás, tive medo de olhar pra trás e deixar um pedaço meu lá, medo de olhar e querer voltar... Ou, de nunca esquecer a cena...

Eu não quero isso pra mim. Preciso parar. E mesmo que eu quisesse continuar nesse "chove não molha", ele ia ficar inventando desculpas por no mínimo um mês ("hoje não dá", "vou ver", "não posso"...), até "estar afim", ou ir só para me satisfazer.
E até quando isso vai durar? Um dia ou dois felizes, e um mês sentindo saudades e esperando...

Eu preciso de mais amor-próprio.

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"Todo o amor que eu sufoquei por excesso de razão agora grita, escapa, transborda. Estou só numa multidão de amores, assim como Dylan Thomas, assim como Maysa, assim como milhões de pessoas; assim como a multidão de amores está só, em si. Demonstro minha fragilidade, meu desamparo. Eu não procuro alguém pra pentencer e ter posse, só quero uma fonte segura de amor que não dependa das obrigações, das falas decoradas, dos scripts prontos. Eu sei que eu abri mão de várias oportunidades. Sei que fiz pouco caso do amor que me entregaram de maneira pura e gratuita, só porque eu achava que podia encontrar coisa melhor. Se as pessoas estão sempre indo e vindo, eu só queria alguém minimamente eterno em sua duração, que me fizesse parar de achar normal essa história de perder as pessoas pela vida.
Vou embora querendo alguém que me diga pra ficar. Estou sempre de partida, malas feitas, portas trancadas, chave em punho. No fundo eu quero dizer "Me impede de ir. Fica parado na minha frente e fala que eu tenho lugar por aqui, que não preciso abandonar tudo cada vez que a solidão me derruba. Me ajuda a levar a vida menos a sério, porque é só vida, afinal." E acabo calada, porque não faz sentido dizer tudo isso sem ter pra quem." (Verônica Heiss)

"Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros. Esse coração que erra, briga, se expõe. Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões." (Clarice Lispector)

"Aperta minha mão e me diz que eu posso deixar tudo isso pra trás sem tanta dor." (Tati Bernardi)

"Ainda insisto em desentortar os caminhos. Em construir castelos sem pensar nos ventos. Em buscar verdades enquanto elas tentam fugir de mim."
"E lá vou eu, nas minhas tentativas, às vezes meio cegas, às vezes meio burras, tentar acertar os passos." (Caio Fernando Abreu)

quarta-feira, 20 de outubro de 2010


Quantas vezes eu disse que não faria mais isso... Que eu não podia me contentar com o que eu tinha. Que eu não podia viver em busca de um amor impossível... Que eu tinha que viver e parar de “correr atrás”. Mas eu queria acreditar que o amor podia vencer tudo... Que eu podia vencer os obstáculos e chegar ao coração dele. A vida ficava melhor quando eu acreditava. Quando eu desistia, ficava infeliz. Quando eu me afastava, sentia uma falta absurda. Não conseguia me afastar por muito tempo, e pensava que talvez me afastando eu estivesse jogando fora a chance. Por outro lado, me afastar podia ser o melhor... Eu tinha medo de desistir e depois olhar para trás e pensar: “Talvez se eu tivesse tentado mais...” Então decidi que ia tentar o quanto eu pudesse.
É difícil lutar quando a pessoa não abre uma brechinha, e você precisa meio que implorar por atenção... Eu já tinha esquecido o que era orgulho há muito tempo... Resolvi seguir a linha “tá na lama, comece a brincar”. E mais uma vez deixei claro o quanto eu precisa vê-lo... Deixei o orgulho de lado e arrisquei mais uma vez... Ouvi um “não posso”... Mas eu queria. Eu precisava, e eu ia vê-lo nem que eu tivesse que “caçá-lo” em cada canto da cidade. Não precisei porque ele acabou cedendo. Resolveu gastar uns minutos do seu tempo comigo...
E lá estava eu, mais uma vez, indo ao encontro dele. Sentada olhando a paisagem passar e me perguntando: Por que tudo é tão difícil? Por que ao menos uma vez na vida ele não facilita as coisas para mim? Por que quando a gente se encontra é tão bom, ele é tão legal, e fofo e carinhoso... Mas quando estamos longe é tão frio e meio que me ignora? Por que eu não consigo esquecê-lo? Eu sei que ele não gosta de mim, mas admitiu que tinha sido o melhor beijo que ele já deu... Se foi o melhor, por que não tenta repetir? Toda vez que a gente se encontra, acontece. Mas ele não tenta me encontrar, sempre sou eu quem sente saudades e faz loucuras para vê-lo.
Sou eu quem sai de uma cidade para outra, quem visita o campus II para encontrá-lo “por acaso”, quem espera ansiosa para vê-lo, quem fica triste quando combinamos algo e ele cancela.
Não me arrependo de nada. Digamos até, que ele fez da minha vida mais divertida, que graças a ele, tenho histórias para contar... Dizem que primeiro amor a gente nunca esquece... E eu sei que mesmo que o tempo passe, que não dê em nada, que a gente mal converse, ou que perca contato, sempre vou lembrar.
Quinta – feira (dia 14/10) foi a última vez que o vi... (depois de 1 mês e 14 dias sem vê-lo), tão bom senti-lo perto, sentir o cheirinho, o abraço... Poder ver aquele sorriso... É algo sem preço. Fecho os olhos e relembro a cena... Ele chegando ao mini-shopping e andando até a mesa que eu estava... A camisa social branca... (bem cara de Arquiteto mesmo). O sorriso dele quando falou comigo... Eu queria isso mais vezes. Mas ele não me chama mais para nada... Se eu quiser, terei que chamar... E com certeza ouviria um “vou ver”/”não posso”, nunca um “vamos” de primeira.
E enquanto isso, os dias passam, a saudade aumenta... Até que eu repita tudo. Ou, até que eu acorde com meu orgulho de volta, decidida a tentar esquecer (já tentei e não consegui), e com os pés no chão. Talvez um dia eu me canse de tentar, de ser dependente, canse das migalhinhas que recebo, e resolva viver. E resolva abrir mão, deixar pra lá.
Mas isso é que é o amor? O “fim” do amor é assim? Você nada para morrer na praia?
Você luta para desistir?
Como saber a hora certa de parar? Porque também não podemos nos fechar para o mundo e ficar presos para sempre a um amor unilateral/impossível... São tantas as perguntas. E o que eu sei é que: Nesse momento, eu quero continuar. Eu quero me jogar... Quero poder olhar para trás e dizer “eu tentei!”. Fiz o possível e até mesmo o impossível... E se mesmo assim, eu não conseguir, paciência. A culpa não terá sido minha.



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"Outubro, por favor, faça tudo dar certo. Ou só menos errado.
Só por um mês, faça tudo dar certo, depois veremos o que vamos fazer em novembro…" (Caio Fernando Abreu)


"Adèle apaixonou-se por um homem. Ele não a queria. Ela o seguiu aos Estados Unidos, ao Caribe, escrevendo cartas jamais respondidas, rastejando por amor. Enlouqueceu mendigando a atenção dele. (...) Adèle morreu no hospício, escrevendo cartas (a ele: "É para você, para você que eu escrevo")..."
"Me veio um fundo desprezo pela minha/nossa dor mediana, pela minha/nossa rejeição amorosa desempenhando papéis tipo sou-forte-seguro-essa-sou-mais-eu. Que imensa miséria o grande amor - depois do não, depois do fim - reduzir-se a duas ou três frases frias ou sarcásticas."
(Caio Fernando Abreu)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Escrevo coisas e um tempo depois quando vou reler acho tudo meio dramático. Acontece que era o que eu sentia naquele momento. E depois que passa, você pode analisar tudo de forma mais serena, e aí você começa a ver o assunto com mais racionalidade e menos sensibilidade. E você percebe o quanto foi piegas, dramática...

Adoro passar horas lendo blogs, escrevendo... Como disse o Moa, o blog é: “ uma troca de presentes. Nem sempre gostamos dos presentes que nos são oferecidos, mas quando gostamos nos sentimos mais próximos de quem nos presenteia.” (Moa).
Podemos compartilhar histórias, compartilhar coisas nossas que muitas vezes são um pouco dos outros também. Quem nunca teve um grande amor, um amor impossível... Quem nunca teve dias tristes? Quem nunca teve dias de extrema euforia, momentos inesquecíveis.... Dias de sol e dias de chuva?

Esse compartilhar histórias/sentimentos mostra que não estamos sozinhos... Que sempre há esperança... Que algumas histórias “acabam” bem.... E que mesmo que acabe mal, você vai sobreviver. Porque todo mundo sobrevive. E no futuro, você vai olhar para trás com uma saudadezinha mas vai começar a enxergar aquilo como algo bom que passou pela sua vida, vai deixar de lamentar o fim.


"Ela fala com o coração e sabe que o amor, não é qualquer um que consegue ter. Ela é a sensibilidade de alguém que não entende o que veio fazer nesta viva, mas vive."
(Caio Fernando Abreu)


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Vi esse vídeo e me deu uma saudade do meu diário...
Já tive 3... E o último ainda tem folhas, mas o "abandonei"...
Agora escrevo no blog, na AP...
Vou lá resgatá-lo, e completar as folhas com todas as coisas que quero lembrar
no futuro... (vou aproveitar e reler também... ^^)




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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Segunda-feira, 11 de outubro de 2010. (21:15)

Meu professor falando sobre Vanguardas... Cubismo, Dadaísmo, Futurismo...
A aula está interessante... Mas ele sempre tem que falar sobre o Romantismo. Sobre amores impossíveis, tragédias... Sempre tem que ler algum poema. E alguns me lembram trechos do Caio Fernando Abreu e trechos da Tati Bernardi. Anoto alguns na agenda... Escrevendo e lembrando do AP (amor platônico), tem coisas "tão nossas" em alguns poemas... Tem coisas "tão nossas" em trechos do Caio e em trechos da Tati.
Gosto quando o professor muda de assunto, quando deixamos o Romantismo de lado, quando vamos para outro assunto interessante que não machuca. Eu mergulho na aula quando falamos sobre Vanguardas, Semana de Arte Moderna, paro de pensar um pouco nas coisas vividas aqui na universidade, por um momento paro de sentir esse vazio que vive comigo há um tempo. Mas o professor insiste em sempre voltar para histórias de amor... E as histórias me fazem lembrar de coisas... Quando percebo, estou olhando para a porta... Lembrando das vezes que vi o AP passando pelo corredor. Desde que ele se foi eu nem presto mais atenção ao corredor. Mas essas histórias, essas histórias que o professor conta, me fazem olhar para o lugar por onde ele passava.
E no fundo eu tenho esperança de que a cena se repita, mesmo sabendo que é impossível. Que droga. O amor é uma droga. Eu só precisava vê-lo para ficar feliz... Mesmo que de longe. E eu acostumei com isso de vê-lo todos os dias... E já não posso... Daqui a pouco vou viajar, e como sempre encostar a cabeça na janela do ônibus, ouvindo música, vendo a paisagem passar, tentando não pensar nele e pensando nele, acompanhada por esse vazio que ele deixou.


"Seria apenas mais uma história, se não tivesse tocado a alma." (Caio Fernando Abreu)

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"- Então, olhei pro lado e vi. - O quê? - Meu reflexo. Numa dessas portas de vidro. Eu tava lá, toda encolhida, com uma cara infeliz que nem eu pensava que tinha. Nem sabia que sabia fazer tal expressão. (...) - E, essa é a parte totalmente piegas, simbólica e estranha: Caiu um pingo de chuva no meu rosto. Um só. E bem no caminho que as lágrimas fazem, sabe. Minha imaginação disparou. Já estava chegando à conclusão de que o frio que sentia não era externo porra nenhuma, e vem esse pingo celeste. Ser humano é uma praga, né, já comecei a pensar que é uma mensagem divina e blá blá blá. - E não é? - Não, é só uma coincidência ordinária. Já caíram vários pingos de chuva no meu rosto, e meu estado de espírito que determinou o significado. É coisa aleatória, que só tem significado pra mim. Talvez Deus tivesse mesmo usado um conta-gotas, mas o resto é comigo. Se eu estivesse num estado normal de felicidade, só teria pensado: “putz, vai chover”." (Por @helokenne. http://meninadobalaio.wordpress.com/ A Helô tem textos ótimos, tive que colocar esse pedacinho aqui...)