"... tive vontade de sentar na calçada (...) e chorar, mas preferi entrar numa livraria, comprar um caderno lindo e anotar sonhos" (Caio Fernando Abreu)
O mês de setembro se foi... E digamos que foi um “setembro cheio de agostos embutidos”. Passei o mês tentando ocupar meu tempo, me distrair, não pensar... No dia 17 uma fraquezinha... Joguei os 16 dias “longe do vicio” para o alto, e fui em busca do que me faz feliz... Achei que daria certo... Esperei ansiosa que o dia acabasse... Fui para festa (tipo Micareta), dancei, me diverti, mas tudo que eu queria era que chegasse o outro dia (dia 18), só para voltar a vê-lo... Ainda mais agora que eu nunca sei se voltarei a ver... Voltei da festa as 3:45am... Fui dormir pensando: ‘Falta pouco... Ele vai lá me ver... Vou matar a saudade.’ Contei as horas para que a droga do dia passasse e chegasse a hora combinada (20:00). Umas 19:00 horas, depois de ter mandando uma mensagem para confirmar, chega a resposta: ‘Vou não... Passei o dia no Studio, to cansado.’ Senti vontade de convencê-lo... Eu queria tanto. Ia tentar até ele dizer que ia, mas só deixei claro que queria que ele fosse e acabei com um “deixa pra lá...” É, deixa pra lá! Não foi a primeira vez que ele mudou os meus planos... Meu sábado estava acabado. Eu deixei de ir para uma festa em minha cidade porque achei que ia vê-lo, e ele deixa para dizer que não vai 19 horas? Ele teve o dia todo... Ele sabe o quanto é importante para mim. Senti vontade de chorar, não nego. Mas uma amiga estava ao meu lado, e eu tive que fingir que nada havia acontecido... Eu me senti uma boba. Acho que já passei dessa fase de paixãozinha, de choramingar... Mas eu estava tremendo, e não era de raiva. Era de medo. Medo porque naquele momento eu achei que nunca mais voltaria a vê-lo. Ali a ficha caiu. Não tinha mais universidade para vê-lo, e agora ele já não atendia aos meus “chamados”. E ele já não falava comigo todo dia no MSN, nem me mandava mais mensagens, nem responderia as minhas... Eu o vi saindo da minha vida assim do nada. De vez. E talvez para sempre.
Fomos para a casa da minha amiga e chegando lá, (re)conheci o irmão dela (já tinha o visto uma vez há uns 4 anos). Começamos a conversar e comentei que queria saber tocar violão, então ele pegou dois violões e começou a me ensinar... Aprendi bastante coisa (mas nem pratiquei depois), foi uma aula divertida. Depois saímos os três, para comer Tapioca de Frango com queijo (pedida igual sem ninguém ver o pedido um do outro) na Orla (isso as 23hrs). Percebi um certo interesse dele, mas pode ser coisa da minha cabeça. Só sei que, minha amiga e o irmão fizeram da minha noite de sábado bem divertida. No domingo, ele me levou na rodoviária, todo prestativo... Carregou minha mala, me deu abraço de despedida... Esperou o ônibus comigo e só saiu de lá quando entrei no ônibus. Voltei para casa não com o final de semana que eu esperei, mas com um final de semana legal. E aí eu decidi que eu precisava viver e esquecer o AP (amor platônico). Consegui me manter decidida por uns 2 dias... (hihihi) A falta que ele faz é tanta que era como se eu tivesse esquecido que ele sempre acaba me enrolando (porquenãomequer), e lá estava eu planejando mais um jeito de encontrá-lo. Minhas amigas queriam me “matar” porque eu não dei corda para o “professor de violão” (haha). Acontece que eu ainda estou presa demais ao passado. E estou cega, não vejo em volta (Na verdade até vejo haha, mas não me interesso por nada, por ninguém...). Não vejo graça em nada... Um ‘oi’ do AP tem mais efeito do que um ‘Você é linda’ de qualquer outra pessoa. Dia 22 foi meu aniversário, e eu sinceramente achei que o AP não ia me desejar parabéns... Veio um recadinho: ‘parabéns! =]’ (Ele é sempre tão do contra que quando eu tinha vergonha de falar certas coisas ele mandou: “parabéns, você merece tudo de melhor que existe no mundo. :)” Só porque esse ano eu tava pensando em responder com: ’eu só quero você. ;P’ Ele não mandou). Respondi com um ‘obrigada’, frio e gelado como ele estava. Os dias foram passando e no dia 28 enquanto eu falava sobre ele na cozinha (hihihi), ele falava comigo no MSN: ‘desculpe por eu ter me afastado...’ . Quando voltei e vi, coração disparou... Eu respondi com: ‘foram tantas “afastadas” nesses quase 3 anos...’ . Achei que voltaríamos a nos falar como antes... Que nada. Ele se afastou de novo no dia seguinte. Eu não sei porque sempre crio expectativas, eu já sei que vai ser assim... É sempre assim. Resolvi que mesmo querendo, ia deixar ele fazer o quisesse, que eu nunca mais ia puxar assunto... Que quando ele quisesse ele viesse. Sabia também que talvez ele nunca mais falasse. Nada estava igual depois daquele 1º de setembro. E é assim que vem sendo minha vida há um tempo, um dia de felicidade, 15 dias/1 mês de saudade, de afastamento... Depende muito do humor dele. Não resisto muito... sempre acabo querendo saber como ele está... Sonho com ele praticamente todas as noites. Quarta-feira (06/10), ele me mandou uma mensagem... Fiquei surpresa. ‘Tô com uma gripe da gota :(‘ . Respondi e até agora estou sem sinal de vida. Mandei outra ontem, perguntando se ele tava melhor... Nada. Antes de ficarmos, ele sempre respondia. E mandava mais também... Qual terá sido o erro? Onde foi que nos perdermos ainda mais?

O que eu sei é que tenho ótimas companhias para suprir o que me falta: CHOCOLATE, Morango com leite condensado, festas, amigos, internet, livros, escrever... (E que nada adianta...
Porque demoro horas para dormir pensando nele... Lembrando com saudades de coisas que ele nem deve lembrar mais. Coisas bobas, como um ‘oi’, um sorriso, uma palavra, uma brincadeira... Um olhar, um abraço, um beijo.
Porque sonho com ele, porque acordo e fico na cama olhando para o teto e lembrando do sonho que tive com ele. Porque me pergunto se nem sequer no fundo ele achou bom... Porque cada mordida no chocolate é uma lembrança... Porque eu luto contra mim, todo dia uma batalha nova. Todo dia eu tenho que me ocupar para afastar essas lembranças da mente, para esquecer da falta que ele me faz...
E não tem festa, nem chocolate, nem amigo, nem livro, nem “desabafo” que mude isso).