sábado, 27 de novembro de 2010

Perdas e danos.

Ela olhava pensativa para fora, durante boa parte da viagem o único barulho que se ouvia era o do motor do ônibus... Então alguém quebra o silêncio.
- Você ainda gosta dele...
- Por que você está falando isso? (parou de olhar pela janela por um instante e olhou para o amigo)
- Você precisa ver sua cara olhando para fora do ônibus... Aí você entenderia.
- Hum... É que a Lua está tão linda hoje.
(silêncio)
- Você é tão frágil.
- Eu?
- É... Fica triste fácil. Seu sorriso não é mais o mesmo e a sua felicidade é triste. Precisa de um namorado. Você precisa de alguém, alguém que te faça esquecer...
- As pessoas podem ser felizes solteiras.
- Mas é diferente.... Quando se tem alguém, tudo melhora. Veja você, compare o jeito que você chegava aqui quando o encontrava e o jeito que você chega hoje. Todos percebem... Você sente falta dele.
- Eu já entendi que acabou e...
- A razão diz que acabou mas o seu coração ainda quer.
(silêncio longo)
- Você costuma seguir a razão ou o coração?
- A razão. E você?
- Já segui os dois...
- E "quebrou a cara".
- Nem o coração nem a razão resolveram nada.
- Mas o que te faz sentir melhor?
- O coração. A razão acaba com a graça da vida.
- Eu só consigo seguir a razão... Acho que sou medroso. Tenho medo de seguir o coração e me decepcionar.
- E não tem medo de seguir a razão e de deixar o coração sufocado e dolorido para sempre?
- Melhor dolorido que quebrado.
- Faz sentido....

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♫ En esta noche de estrellas inmóviles, tu corazón es alérgico a mi... (...) Voy caminando en tormentas electricas, buscando algún territorio neutral, donde no escuche de ti, donde aprenda a olvidar. A no morir y a no vivir tan fuera de lugar. Ya no curare tu soledad cuando duerma la ciudad, no estaré para oír tus historias tontas No por que tienes miedo de sentir, porque eres alérgico a soñar Y perdimos color... Por que eres alérgico al amor...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Um Novembro não tão doce.


E pela primeira vez (desde o dia 19 de maio de 2008), vou passar o mês de Novembro inteiro sem vê-lo... Logo Novembro? Se fosse Agosto eu até entenderia... Mas Novembro... Novembro sempre foi tão doce... Já passei 1 mês e 14 dias sem vê-lo mas nunca houve um mês no qual eu não o encontrasse ao menos uma vez.

Os Novembros não são mais os mesmos. Doces Novembros, agora não tão doce.

Eu até tinha como "salvar" o meu Novembro... Era só ter ido em busca do que me faz feliz. Mas eu também podia acabar mudando de um Novembro não tão doce para um Novembro Amargo. Preferi ficar quieta, deixar tudo como está... Mesmo sabendo que aquela era "a última chance"...
Férias chegando, não se pode voltar atrás... Na verdade, talvez ainda exista outra chance (dia 30), mas aí já não se tem certeza. Joguei para o alto todas as tentativas desses quase 3 anos e não fui. Não fui, e era o último dia que eu tinha certeza de onde encontrar.
Foi difícil não ir, deixar tudo acabar assim, mas talvez seja a hora.

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"Quando algo que você goste acabar, ou simplesmente ir embora, lembre-se que as folhas do outono não caem porque querem e sim porque é chegada a hora".

"Não, não ofereço perigo algum: sou quieta como folha de outono esquecida entre as páginas de um livro." (Caio Fernando Abreu)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Dizem que o tempo é o melhor remédio...


Eu realmente espero que seja... Mas enquanto o tempo não passa, esses trechos do Caio Fernando Abreu falam por mim:

"Gosto quando a cabeça para o maior tempo possível, caso contrário enche-se de temores, suspeitas, desejos, memórias e todas essas inutilidades..."

"Mais do que querer você de volta, eu ME quero de volta, quero a felicidade nos meus olhos mirados em você. Eu quero a gente, eu quero tudo de novo, eu quero as coisas antigas, as primeiras, TODAS ! Me devolve seu sorriso ? Parece que eu não te faço mais sorrir, assim eu desespero mesmo."

domingo, 7 de novembro de 2010

"Não adianta, no momento que as pessoas se afastam, elas estão irremediavelmente perdidas uma da outra."


Sempre que nos afastamos, os sonhos aumentam. Como eu já disse, talvez seja uma maneira de ter por perto, mesmo longe.
Mas o sonho de ontem foi diferente...
Antes de dormir, li uns trechos de Caio Fernando Abreu, e o último que li foi:
"Que te dizer? Que te amo, que te esperarei um dia numa rodoviária, num aeroporto, que te acredito, que consegues mexer dentro de mim? É tão pouco.”
E sonhei com isso...
Sonho: Passei a noite inteira em um aeroporto esperando... Fiquei sabendo que ele ia chegar de viagem e corri para o aeroporto para esperá-lo. Esperei, esperei... Passei a noite toda no aeroporto (e acho que esse sonho ocupou a noite inteira de verdade... foi longo e só lembro de ter sonhado com isso), era tão real. Procurei informações sobre os horários dos vôos, fiquei na fila um tempão pra conseguir alguma informação... Todo avião que chegava eu tinha esperança de que ele fosse descer, e nada. Quando cheguei ao aeroporto era dia... Quando saí de lá já era noite. E nada. Ele não chegou. Nem em sonhos ele chegou...
O sonho era tão real que eu sentia. Lembro de como desci as escadas, sentindo que foi tudo uma perda de tempo. Sentindo uma tristeza tão sem remédio... E aí era dia e eu acordei. Foi bom ter acordado assim que a ficha caiu, porque mesmo em sonhos, aquilo estava machucando como se fosse real. Acordei antes de chorar no sonho... mas eu ia.
Em todos os outros sonhos eu sempre consegui o que eu queria no final... Eu procurava e parecia que não ia encontrar, mas no fim eu sempre encontrava. Agora não.
E percebi que: Se não fosse o Orkut, eu não teria mais notícia nenhuma.

“Deitar a cabeça nos braços, apoiar os braços na janela aberta, vento entrando, remexendo nos cabelos, no rosto, jeito de lágrima querendo rolar.” (Caio Fernando Abreu)