Hoje eu tive a certeza de que é hora de deixar algumas coisas para trás... Parece fácil, mas não é! São 2 da manhã, e eu estou sentada no chão da sala, atrás do sofá (no escuro para não acordar ninguém) aproveitando a luz que entra da rua pelos vidros. Tudo porque eu precisava escrever! Eu não ia conseguir dormir com tantos pensamentos invadindo a mente... É tão difícil desistir daquilo que se ama... Ainda mais depois de lutar tanto... Mas sabe quando você percebe que chegou a hora de soltar o balão e deixá-lo ir?
Não escrevi sobre as “novas aventuras”... Não contei que pude matar a saudade duas vezes esse ano... Nem contei de todas as vezes que o vi... Não contei nada sobre o almoço um dia depois do Projeto Verão... (Eu esperava bem mais dessa visita, mas mal olhamos pra cara um do outro).
Dia 19/01 e dia 15/03 eu senti de novo aquela velha alegria... aquela sensação de estar viva... de que tudo é possível... Mas no outro dia a realidade sempre bate em minha porta... Até quando seria assim? Um dia feliz, 29 ou 30 dias esperando... sem sequer um ‘oi’...
E eu percebi que nada nunca mais foi igual desde o final de Agosto. Que não adianta tentar... Que eu não consigo mais fazer tudo voltar... Que eu nunca mais vou ouvir “Foi o melhor beijo que eu já dei... =]” nem “Toda vez que escuto as músicas que estavam tocando no carro aquele dia, lembro de você...” Nem vou conseguir fazer com que ele volte a falar comigo todo dia (mesmo que como amigo)... Nem fazer com que ele volte a me mandar mensagens do nada (mesmo que fosse só “:)” ou “Ainda sem net?, mostrando que percebeu o meu ‘sumiço’...) Não dá pra voltar no tempo... E eu morro de medo de tentar me reaproximar... Porque eu morro de medo de incomodá-lo... Porque eu morro de medo do que ele vai pensar...
Dia 15 de março foi a última vez que o vi (e a última vez que conversamos)... Saímos, ficamos... Tinha música ao vivo no shopping... E quando chegamos estava tocando bem o pedaço “Amor eu sinto a sua falta e a falta é a morte da esperança”... A noite acabou com a gente ouvindo U2 (e a música Perfect – Smashing Pumpinks)... Eu com a cabeça encostada no ombro dele... E ele, (por um milagre) com o braço em volta de mim. Foi tão bom. Depois ele tirou... Parece ter medo... Ele se deixa levar mas depois é como se achasse errado... Diz ele que tem medo de me machucar.
[Se for para contar todos os detalhes desse dia, não vai ser um texto... Vai ser um livro. Hehehe]
E eu achei que era pra ser... Depois de tanta coisa do destino... Pensei: “Quando a faculdade acabar, nunca mais vou vê-lo.” E aí a mãe dele acaba entrando na minha vida. Ela é uma ponte. Eu só voltei a vê-lo depois que a faculdade acabou, por causa dela. (Ela é muito legal. E desde que me conheceu está presente em todos os momentos da minha vida. Estava na minha formatura... Liga...) Eu nunca imaginei que ia conhecê-la.
Mas agora eu já não sei... É sempre “quase” (desde 2008). Eu quase consigo, mas nunca consigo! Tudo que eu posso fazer agora é tentar não vê-lo mais... Parar de acreditar que talvez um dia o amor falasse mais alto. Eu já falei outras vezes que ia desistir... Que não ia mais me importar com a indiferença dele... Mas sempre acabava “voltando”. Porque eu achava que toda vez que a vida o colocava de volta no meu caminho, era um sinal do destino... Era “um sinal” de que um dia daria certo.
Soltarei o balão... Vou parar de lutar em vão. Se for pra ser, o vento trará o balão de volta. (A diferença é que agora eu vou parar de esperar a volta do balão e não vou fazer nada pra ele voltar...). Mesmo que demore, mesmo que o balão vá para longe... Se for pra ser, ele vai parar aqui de novo... No mesmo lugar.