quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011


É só com ele que imagino comer pizza no sábado e tomar chocolate quente ou vinho em uma noite fria e chuvosa... (pensei nisso depois de ler um texto da Carol Oliveira).

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Devaneios


Tinha uma necessidade de escrever sobre as coisas. Escrever, mesmo que textos ruins, acalmava o coração. Precisava dividir os medos, os devaneios (tomada pelas lembranças, sonhos, quimera, fantasias, imagens)...
Nunca conseguia dormir cedo. Às vezes, sentia sono, mas ao deitar, as lembranças invadiam a mente, e o sono ia embora. Lembrava dos momentos bons e sorria sozinha... Mas logo lembrava de coisas duras que ouviu, e lembrava que os momentos bons não se repetiriam... e chorava.
Doia perceber que o amor não era suficiente... Que precisava esquecer, deixar o passado no passado.
Era difícil... Lia sobre romances e acreditava que talvez "fosse pra ser", então insistia. Na esperança de acabar com o medo que ele tinha do amor. E com medo de deixar a chance de viver aquele amor, passar.
Por outro lado, tinha medo de nunca conseguir e só perder tempo ("perder vida numa causa perdida"). Mas não era fácil se afastar... Precisava respirar o mesmo ar que ele para viver, para sorrir...
Dedicou quase 3 anos da sua vida... E quase conseguiu. Esse 'quase' doia sem remédio.
Derramava lágrimas que não podia conter, sempre que lembrava das palavras duras dele, sempre que sentia saudades, sempre que pensava na possibilidade de não voltar a vê-lo nunca mais.
O dia quase amanhacendo... O silêncio... Então conseguia adormecer... Mas ele estava presente nos sonhos, e quando alguém a observava dormir (ou estava por perto), podia ouvi-la, em algumas noites sussurrar dormindo, o nome dele.
Só conseguia acordar meio dia... E quando acordava, queria voltar a dormir. Estava cansada da realidade.


1. Quimera = Sonho fantástico, fantasias, desejos difíceis de se alcançar
2. Quimera = Mitol.] Na mitologia grega quimera era um monstro fabulo- so representado como um leão com cabeça de cabra, cuja cauda é uma serpente.


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"Foram tantas brincadeiras, tantas conversas, tantas risadas e olhe agora. Nem conversamos mais." (Caio Fernando Abreu)

"Vem, que tomaremos banho na chuva, desafiaremos o vento e venceremos o tempo."